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Atirador de Realengo enterrado sem piedade nem família


A ausência da família marcou o funeral do autor do massacre na Escola de Realengo. O corpo foi sepultado no cemitério São Francisco Xavier, nesta sexta-feira, apenas com a presença dos coveiros e funcionários da Santa Casa de Misericórdia.

O atirador do massacre na escola de Realengo foi sepultado. Os coveiros e os funcionários da Santa Casa de Misericórdia foram os únicos presentes num ato desprovido de dor, demasiadamente frio para poder ser chamado de “cerimónia fúnebre”. Um dos coveiros terá mesmo afirmado que “Wellington nem sequer merecia ser enterrado”.

Wellington de Oliveira foi despejado no chão, numa cova, sem a ‘companhia’ e as lágrimas de qualquer familiar. Sozinho, o atirador – que retirou a vida a 12 crianças, ferindo igual número de alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira – desceu à terra, sem a misericórdia dos pais.

O atirador estava, até hoje, no Instituto de Medicina Legal, data em que terminava o prazo para que a família reclamasse o corpo, para uma identificação oficial. Uma vez que essa formalidade não foi cumprida, Wellington foi sepultado no cemitério São Francisco Xavier, como corpo não reclamado.

O massacre ocorreu há precisamente 15 dias, quando Wellington de Oliveira entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, alegando que iria dar uma palestra. Ex-aluno daquele estabelecimento de ensino e alegadamente vítima de bullying, Wellington levava consigo dois revólveres.

Quis vingar-se das agressões de que foi vítima no passado, escolhendo outras vítimas, inocentes, que queriam apenas aprender. Interrompeu o percurso de 12 crianças, sem piedade, cometendo suicídio logo de seguida.

 

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