Os ataques intercomunitários na Republica Democrática do Congo (RDCongo), entre 16 e 18 de dezembro de 2018, foram responsáveis pela morte de 535 pessoas e “planeados e executados com o apoio dos líderes tradicionais”, denunciou hoje a ONU.
“O inquérito pôde confirmar que pelo menos 535 homens, mulheres e crianças foram mortos e 111 outros foram feridos nas aldeias de Yumbi, Bongende e Nkolo II”, na sequência dos ataques ocorridos durante três dias naquele país, referem as Nações Unidas num relatório do Conselho dos Direitos Humanos, considerando que os mesmos “podem constituir crimes contra a humanidade”.
Ainda de acordo com o relatório, estes ataques “foram realizados com o apoio dos chefes tradicionais”.
O escritório conjunto das Nações Unidas para os direitos humanos na RDCongo abriu o inquérito que levou a estas conclusões depois de ter recebido denúncias segundo as quais 890 pessoas teriam sido mortas e milhares deslocadas, na sequência dos ataques entre as comunidades de Banunu e Batende.
O resultado do inquérito “especial” no território de Yumbi, na província de Mai-Ndombe, na zona oeste da RDCongo leva a ONU a admitir que “o número real de mortos será ainda mais elevado, porque numerosos corpos foram provavelmente lançados no rio Congo”.
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