Tecnologia

Ataques aos smartphones, para roubo de dados bancários, continuam a crescer

telemoveis Um estudo da Interpol e da Kaspersky confirmou uma tendência preocupante: os piratas informáticos estão a ‘especializar-se’ nos ataque aos smartphones. O principal objetivo é o roubo de dados bancários. Num ano, o número de vítimas multiplicou-se por seis.

Os ataques a smartphones para roubar dados (em especial bancários) estão a crescer de forma exponencial. As conclusões foram apresentadas pela Interpol e pela empresa de segurança informática Kaspersky.

O estudo conjunto das duas entidades comprovou que os piratas informáticos estão cada vez mais focados nos smartphones, em especial para obterem as informações bancárias que lhes permitam roubar dinheiro às vítimas.

No caso dos telemóveis com o sistema operativo Android, o número de vítimas multiplicou-se por seis entre agosto de 2013 e julho de 2014.

Neste período foram identificados de 588 mil ataques do que nos 12 meses anteriores, segundo a Interpol e a Kaspersky.

O documento mostra que o alvo de mais de 60 por cento dos ataques direcionados a aparelhos com o sistema Android eram os dados bancários.

Não é à toa que este é o sistema operativo mais visado: é o líder de mercado, com uma quota de 85 por cento.

“É fácil perceber porque é que os cibercriminosos criam tantas aplicações maliciosas que atacam os aparelhos Android. São os smartphones cada vez mais usados para fazer compras e gerir serviços online”, reforçou um dos autores do estudo, citado pela Lusa.

“As aplicações podem ser instaladas através do Google Play ou de aplicações terceiras como a Amazon App. Estas aplicações representam uma ameaça à segurança dos utilizadores que autorizam a sua instalação porque provém de fontes não confirmadas. Podem também levar à instalação no aparelho de aplicações maliciosas sem o conhecimento do utilizador”, referem ainda os peritos.

A maior parte dos utilizadores dos aparelhos visados pelos piratas encontram-se na Rússia, Ucrânia, Espanha, Reino Unido, Vietname, Malásia, Alemanha, Índia e França.

Ao todo, foram registados 3,5 milhões de ataques em 12 meses, com o número de ataques mensais a multiplicarem-se por dez entre agosto de 2013 e março de 2014.

Os ataques mais frequentes são feitos através das aplicações ‘Trojan-Banker’e ‘Trojan-SMS’, cavalos de tróia que permitem aos hackers aceder aos dados bancários.

“Uma contaminação bem sucedida com o ‘Trojan-Banker’ permite aceder a todo o dinheiro das vítimas, enquanto o ‘Trojan-SMS’ terá que infetar dezenas, senão centenas de aparelhos, para conseguir um benefício que valha a pena”, complementou um analista da Kaspersky, Roman Unuchek. 

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