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Cristas acusa Costa de querer virar portugueses contra enfermeiros

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje o primeiro-ministro, António Costa, de irresponsabilidade por querer virar os portugueses contra os enfermeiros em luta, e de ser responsável pelo “caos” no Serviço Nacional de Saúde.

O primeiro-ministro “fez algo que eu acho que é muito perigoso”, afirmou hoje Assunção Cristas, em Santarém, acusando António Costa de “querer virar os portugueses contra as pessoas que estão em luta”.

Cristas aludia às declarações do primeiro-ministro, na terça-feira, durante o debate quinzenal na Assembleia da República, em que defendeu não ser aceitável que a greve dos enfermeiros já tenha adiado mais de 5.000 cirurgias programadas e considerou que “ninguém pode morrer pelo exercício do direito à greve”.

Uma atitude “perigosa e muito irresponsável” por parte do primeiro-ministro, que a líder do CDS-PP considera não estar “a ver o filme” e viver “uma realidade que não é a realidade que vivem todos os portugueses, todos os que vão ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Uma realidade marcada por “profissionais exaustos, a darem tudo o que podem”, com enfermeiros, médicos e auxiliares “com equipas cada vez mais reduzidas” e “sempre a ser-lhes exigido cada vez mais, sempre com promessas de que se vai resolver nesse ano, que se vai resolver nos próximos meses e nada é resolvido”, considerou.

Isso mesmo aconteceu no hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde os chefes de equipa de urgência apresentaram hoje a demissão alegando “quebra do compromisso” da instituição em contratar mais médicos.

“Esta equipa alertou há mais de um ano, teve a promessa de que haveria mais pessoas a serem contratadas, isso não aconteceu e, portanto, em desespero as pessoas desistem”, afirmou Assunção Cristas, responsabilizando António Costa e o Governo de terem “feito as escolhas erradas” e de lançarem o “caos no SNS”.

Assunção Cristas falava aos jornalistas em Santarém, à margem da conferência “Alterações Climáticas, os desafios da água e da energia”, realizada pelo CDS para “promover uma reflexão e análise sobre estas questões” em relação às quais o partido tem manifestado preocupações.

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