Desporto

Associações distritais de futebol dizem-se desrespeitadas por Joaquim Evangelista

As associações distritais e regionais de futebol assumiram-se hoje desrespeitadas pelo presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, na última reunião magna federativa.

Em comunicado, as estruturas regionais recordam a Assembleia Geral extraordinária da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ocorrida em 22 de junho, quando foi ratificado o regulamento disciplinar das competições profissionais, com a aprovação unânime das associações.

“Após a votação, para espanto de todos, registou-se uma intervenção desproporcionada e desequilibrada do senhor presidente do SJPF, sem conteúdo, tecendo críticas pela crítica, colocando em causa a honorabilidade das associações, por terem votado a favor da referida ratificação, que mereceu a imediata resposta, por parte de vários representantes das mesmas”, lê-se no referido comunicado.

Na sequência da intervenção de Evangelista, as associações dizem que “o desrespeito evidenciado” é extensível aos clubes que representam, profissionais e amadores, acrescentando que o regulamento aprovado visa “permitir um maior controlo salarial e fiscal”, com a obrigatoriedade de certificação através de revisores oficiais de contas.

“Repudiamos ainda, a forma e o modo como o senhor presidente do SJPF se manifestou, informando desde já, que as associações atuam sempre na defesa dos interesses dos seus filiados, como sempre o fizeram, quer as outras entidades aceitem ou não, respeitando as decisões democraticamente aprovadas”, concluem as estruturas regionais.

Dois dias depois da Assembleia Geral, o SJPF assumiu a oposição às alterações ao regulamento disciplinar aprovado, nomeadamente sobre o regime das infrações salariais constante no artigo 74.º.

O SJPF lamentou que as alterações ao regulamento disciplinar para as competições profissionais em Portugal tenham sido viabilizadas pela “conivência dos representantes do futebol não profissional, as associações distritais, que votaram em bloco, com o argumento de que estavam a seguir a vontade dos clubes”, considerando que “esta atuação é reveladora, por um lado, do seguidismo instalado e, por outro, da ausência de pluralismo que menoriza o movimento associativo”.

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