Mundo

Associações de imprensa de Hong Kong condenam ataque a delegação da agência estatal chinesa

Associações de imprensa de Hong Kong condenaram hoje o ataque, na véspera, à delegação da agência estatal chinesa Xinhua no território, defendendo que ninguém deve interferir no trabalho dos órgãos de comunicação.

No sábado, pela primeira vez em quase cinco meses de protestos, alguns manifestantes vandalizaram o escritório da agência Xinhua em Hong Kong, partindo janelas, portas de vidro e provocando um pequeno incêndio no ‘lobby’ do edifício.

Num comunicado divulgado hoje, a Hong Kong News Executives’ Association condenou “veementemente todos os atos de violência contra os órgãos de comunicação social” e pediu um trabalho rigoroso por parte da polícia para que sejam evitados futuros ataques.

Também a Associação de Jornalistas de Hong Kong pediu o fim da violência contra os ‘media’, sublinhando que a sua atividade não deve sofrer qualquer interferência.

A própria Xinhua emitiu uma declaração, condenado com veemência os “comportamentos selvagens dos ‘amotinados’ que vandalizaram e atearam fogo ao edifício” localizado em Wan Chai.

No sábado, a polícia de Hong Kong dispersou com gás lacrimogéneo e canhões de água milhares de manifestantes pró-democracia que participavam numa nova marcha não autorizada, no 22.º fim de semana de protestos, apesar de um novo aviso de Pequim.

Uma multidão de manifestantes, vestidos de negro e muitos dos quais com a cara tapada, desfilou no bairro comercial de Causeway Bay e envolveu-se em confrontos com a polícia antimotim, que realizou múltiplas detenções.

Na véspera, a China lançou um novo aviso, advertindo que não toleraria “qualquer atividade” que divida o país ou ameace a segurança nacional.

No início deste mês, Hong Kong entrou em recessão técnica pela primeira vez nesta década, numa altura em que a antiga colónia britânica enfrenta a maior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para China, em 1997, devido às manifestações e ações quase diárias exigindo reformas democráticas e denunciando a crescente influência de Pequim nos assuntos da cidade.

Em destaque

Subir