Onde há Gato não há Rato é o nome da associação que, há cinco anos, faz esterilizações a gatos de rua, em Almada, no distrito de Setúbal, evitando a sobrepopulação destes animais.
É uma associação sem fins lucrativos, funciona num espaço cedido pela Câmara Municipal de Almada, com trabalho voluntário e donativos, tudo com um objetivo: controlar as colónias de gatos do concelho.
“Nós não somos contra nem queremos acabar com os gatos de rua, nós queremos é controlar esta sobrepopulação”, explicou à agência Lusa uma das fundadoras e presidente da direção, Lurdes Soares.
Um mês depois de ter entrado em vigor a lei que proíbe o abate dos animais nos canis municipais, a responsável defendeu que a melhor alternativa a essa prática “criminosa” é simples: Capturar, Esterilizar e Recolocar (CEI).
“Uma colónia de gatos controlada e esterilizada é equilibrada, importante para o ecossistema e para as pessoas, afasta pragas de baratas, de ratos e é possível viver em harmonia”, frisou.
Com a colaboração do Canil Municipal e de outros veterinários do concelho, por mês, a Onde há Gato consegue esterilizar e devolver ao seu território “entre 30 a 40 animais”.
Em 19 de outubro, o parlamento rejeitou um projeto de lei para criar uma rede nacional de centros de recolha de animais de companhia e esterilização de animais errantes.
Desde 2013, a Onde há Gato não há Rato dedica-se a este trabalho em Almada, mas, segundo Lurdes Soares, é preciso fazer mais, até porque a sobrepopulação de gatos de rua se tem agravado com o abandono de animais.
“Nós encontramos muitos animais abandonados e são prioritários. O grande descontrolo vem daí e não das colónias”, explicou.
O abandono de animais foi o que levou à criação de um novo projeto: Capturar, Esterilizar e Integrar (CEI).
Quando a Lusa visitou o Centro de Acolhimento Temporário da associação, encontravam-se naquele espaço cerca de 90 gatos, dos quais mais de metade correspondiam a animais abandonados.
“Quando eu encontro um animal que teve casa e está na rua, esse animal está traumatizado, está deprimido e doente e, por isso, acabamos por dar prioridade”, revelou.
Esta necessidade trouxe, no entanto, um novo problema: o espaço da associação está a tornar-se pequeno.
“Temos aqui três vezes mais animais do que os que devíamos ter”, lamentou.
Apesar de reconhecer o contributo da autarquia ao nível da cedência do espaço e esterilizações gratuitas, Lurdes Soares defendeu que a câmara municipal “tem que ter um centro oficial de recolha, um gatil”.
A Onde há Gato não há Rato enfrenta alguns desafios, mas mantém a confiança de que faz o melhor para ajudar os gatos do concelho e, no final de contas, o que interessa são os pequenos “milagres”.
“O Palito estava praticamente cadáver. Achávamos que não tinha salvação possível, todo o seu canal auditivo estava despegado. Todo ele era um palito. Ele evoluiu tanto e hoje está um tronco, está obeso e feliz. Foi um milagre”, contou.
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