Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral reage positivamente à chegada de 40 médicos cubanos. Rui Nogueira, vice-presidente da APMCG, salienta que “faltam cerca de mil médicos de família”, pelo que os clínicos estrangeiros ajudam a corrigir a lacuna. No entanto, o Ministério da Saúde revela “ausência de destreza” em colocar os médicos formados em Portugal.

Segundo Rui Nogueira, Portugal enfrenta um problema grave e os meios (a contratação de estrangeiros) justificam os fins: diminuir a falta de médicos de família que enferma cerca de um milhar de agregados.

Em declarações à agência Lusa, Rui Nogueira sustenta que “não cabe à Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral contestar a chegada de 40 colegas cubanos”, sobretudo porque o país “enfrenta um quadro de carência”. A APMCG “não se opõe” a esta opção, até porque os estrangeiros contratados virão “ajudar na tarefa” de combater essa falha.

No entanto, Rui Nogueira critica o Ministério da Saúde de revelar “pouca destreza” no processo de colocação dos novos clínicos que são formados nas universidades portuguesas. “É ridículo” que os médicos só possam ser colocados na região onde concluíram o seu internato.

Esta chegada de clínicos resulta de um protocolo rubricado em 2009. Diversas regiões do país passaram a acolhê-lo, o que suscitou críticas da Ordem dos Médicos. O bastonário José Manuel Silva lembrou que estes profissionais não têm “competências específicas” que lhes possibilitem o título de “médico de família”.