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Associação das USF avisa que falhas informáticas sucessivas no SNS continuam por resolver

A Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar avisa que continuam a registar-se sucessivas falhas informáticas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com a “generalidade dos sistemas a falhar” há cerca de três semanas.

Em comunicado divulgado na sexta-feira ao fim do dia, a associação apela à ministra da Saúde para que exija soluções aos responsáveis pelos sistemas informáticos do Serviço Nacional de Saúde.

Segundo a associação que representa as unidades de saúde familiar (USF), os relatos dos profissionais apontam para a lentidão “permanente e generalizada” dos sistemas informáticos e para “falhas crónicas” no sistema de prescrição eletrónica que permite passar as receitas médicas, o que “pode ter consequências tremendas para o utente”.

Há ainda registos de falhas na referenciação dos utentes para especialidades hospitalares e também de falhas consecutivas no sistema de prescrição de exames sem papel.

Já na primeira semana deste mês, os médicos tinham vindo alertar para uma degradação dos sistemas informáticos no Serviço Nacional de Saúde, que esta associação vem agora avisar que não se resolveram.

A Ordem dos Médicos enviou já um ofício ao Ministério da Saúde e aos Serviços Partilhados (SPMS) a alertar para as “sucessivas falhas nos sistemas informáticos” e a “excessiva burocratização” que penaliza a relação médico-doente nas consultas.

“Não só são exigidos aos médicos cada vez mais procedimentos informáticos supérfluos, que só penalizam o tempo destinado a observar os doentes e podem comprometer a qualidade dos cuidados de saúde, como os próprios sistemas e aplicações que nos obrigam a utilizar não funcionam muitas vezes”, alertava o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, num comunicado divulgado no princípio deste mês.

As queixas relativas à excessiva burocratização dos sistemas informáticos têm sido recorrentes. Em julho, o bastonário dos médicos já tinha alertado para uma circular normativa emitida pela gestão dos sistemas informáticos das unidades de saúde, na qual era integrado mais um procedimento para emissão de receituário que veio aumentar o tempo dedicado ao computador e ao cumprimento de burocracias administrativas, penalizando o tempo útil dedicado ao doente.

“Obrigar os médicos, devido às várias falhas informáticas que se repetem no sistema da prescrição da ‘receita sem papel’, a interromper o tempo de consulta para solicitar ao ‘helpdesk’ um número de suporte que apenas serve para identificar a receita que estão a prescrever na sua versão manual, mostra de forma clara o caminho errado que está a ser seguido”, afirmou então Miguel Guimarães.

Lusa

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Lusa
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