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Assis e a ajuda externa: “Passos tem de estar imune aos radicais do PSD”

O líder parlamentar do PS considera que o Governo terá de estabelecer uma plataforma de diálogo com a oposição, mas pede abertura a Passos Coelho: “O conflito extremo tem de ser colocado de lado”, diz Francisco Assis.

Num cenário de pedido de ajuda externa, PS e PSD terão de chegar a um entendimento, o que só será possível se Passos Coelho ficar “imune aos setores radicais” do Partido Social Democrata.

“Neste momento, Passos Coelho tem de estar acima das pressões, das expectativas. Há sempre setores mais radicais, com vontade de chegar ao poder, de desgastar o adversário. Mas um líder tem de estar imune a isso”, sustenta o líder parlamentar socialista, na entrevista que concedeu à Rádio Renascença.

“O conflito extremo”, segundo Francisco Assis, “tem de ser colocado de lado”, para que se siga a via do diálogo. “Temos de valorizar o estatuto do líder da oposição, porque ele tem uma responsabilidade quase ao nível do primeiro-ministro”, realça.

Francisco Assis comentou ainda a aliança à esquerda, com uma aproximação entre comunistas e bloquistas: “Compreendo o que o PCP está a fazer. Mas do ponto de vista do Bloco, é o reconhecimento histórico do falhanço do Bloco de Esquerda em Portugal”.

O PS terá de aproveitar “o muito eleitorado que vai “repensar” a sua posição, nas eleições de 5 de junho. “Temos de promover um discurso dirigido a esse eleitorado”, sublinha.

Sobre o posicionamento de Cavaco Silva, Assis evita polémicas: “Estou certo de que, quando o PS ganhar as eleições, haverá clima de cooperação institucional. Todos têm noção dessa necessidade”.

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