Karl Lagerfeld defendeu o assédio na indústria da moda com uma tirada bombástica. “Se não querem que vos baixem as calças, não sejam modelos! Juntem-se a um convento de freiras”, disparou o famoso estilista.
“Há sempre um lugar para vocês no convento”, reforçou: “Eles até estão a recrutar”.
Em entrevista à Número Magazine, o designer, de 84 anos, perdeu a paciência para com as vítimas de assédio, em especial as que ‘esperaram’ até agora para denunciar os abusos.
“Estou farto”, garantiu.
“O que me choca mais são as vedetas que demoraram 20 anos a lembrar-se do que aconteceu. Isto para não falar do facto de não haver testemunhas de acusação”, afirmou Karl Lagerfeld.
O estilista recusou, no entanto, qualquer solidariedade para com Harvey Weinstein, o poderoso produtor de Hollywood que caiu em desgraça com as várias denúncias de alegado assédio.
“Dito isto, não suporto o senhor Weinstein. Tive um problema com ele”, adiantou o diretor criativo da Chanel e da Fendi.
“Li em algum lado que agora temos de perguntar a uma modelo se ela se sente confortável a posar. É demasiado. De agora para a frente, como designer, não se pode fazer nada”, concluiu.
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