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As tradicionais brocas dos dentistas podem ter os dias contados

A técnica de tratamento foi desenvolvida no King’s College of London e consiste na regeneração do dente, sem recurso a brocas ou outros métodos invasivos. Em breve, o tratamento poderá chegar aos consultórios, substituindo as técnicas tradicionais por uma mineralização elétrica, sem dor.

Uma equipa de investigadores do King’s College of London desenvolveu um novo método de tratamento dentário, que dentro de três anos poderá estar ao dispor dos clínicos.

Trata-se de um processo mais rápido de regeneração do dente, sem dor, através de uma mineralização elétrica, que acelera o movimento de cálcio e minerais. Em suma, as tradicionais brocas dos dentistas podem ter os dias contados.

Graças a este processo – chamado “Electrically Accelerated and Enhanced Remineralisation” [Remineralização Eletricamente Acelerada e Aumentada] –, passa a ser possível combater a cárie, ao mesmo tempo que se evitam tratamentos dolorosos como injeções, ou perfuração dentária, que exigem sempre anestesia local.

Este tratamento promete, por outro lado, combater os receios de ir ao dentista. As consultas para tratar dentes infetados são muitas vezes adiadas devido ao medo de enfrentar brocas, agulhas e toques em zonas sensíveis.

Segundo realça Nigel Pitts, um dos investigadores, citado pela BBC, o inovador método de tratamento dos dentes é eficaz mesmo em cáries “de fase terminal”.

Depois de desenvolverem a técnica, os investigadores já trataram de criar uma empresa que irá dar o passo seguinte: comercializar a descoberta nos consultórios.

Estima-se que dentro de três anos os consultórios possam dispor desta mineralização elétrica para regeneração dos dentes que coloca a broca no balde do lixo.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Monteiro da Silva, saudou a descoberta e salienta que estes clínicos gostariam de não utilizar os métodos de que dispõem.

“Todos nós, médicos dentistas e doentes, gostaríamos de não usar a broca e de ter outro tipo de processos mais suaves que pudessem reparar os dentes. Parece ser um estudo que avança na direção correta e estou certo de que, daqui a algum tempo, será possível ter, nos consultórios, métodos ainda mais suaves e mais fáceis, com conforto para os profissionais e para os doentes”, referiu.

A empresa Reminova, com sede em Perth, na Escócia, foi criada para que os dentistas possam aceder à nova técnica. Muitos dos pormenores da mesma são confidenciais.

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