As surpresas na votação da eutanásia

O Parlamento debateu e votou, hoje, quatro projetos-lei pela legalização da eutanásia. Como a votação decorreu de forma individual, tornou-se possível dar o nome às principais surpresas.

Já se esperava que a maioria das divergências ocorresse dentro do PSD, uma vez que a globalidade dos deputados apresentava uma opinião contrária à do presidente do partido, Rui Rio.

Ditou a ordem alfabética que o primeiro a votar fosse social-democrata. Adão Silva foi o primeiro a ‘complicar’, aprovando um (o do PS) e rejeitando os outros três.

Ainda na letra A, o socialista António Sales votou contra todos os projetos, incluindo… o do PS. Ascenso Simões imitou-o, segundos mais tarde.

Com Duarte Marques, a atenção regressou ao PSD: era esperado que votasse a proposta do PS, mas absteve-se.

José Silvano, o secretário-geral do PSD, votou contra os quatro projetos, assumindo uma posição oposta à de Rui Rio.

A líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes, aprovou o do PS e rejeitou os restantes.

Outra grande surpresa foi o voto contra, os quatro, do socialista Miranda Calha.

Teresa Leal Coelho assumiu opinião semelhante à de Rui Rio e votou a favor dos quatro projetos.

De seguida, votou Teresa Morais, do PSD. Ao votar contra todos os projetos, assegurou matematicamente a rejeição da legalização da eutanásia pelo Parlamento.