É na Irlanda e do Reino Unido que o problema da obesidade infantil mais se faz sentir. Segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira no Congresso Internacional de Obesidade em Praga, as crianças menos obesas são oriundas da República Checa, Bélgica e Suécia.
Portugal passa discreto num estudo sobre obesidade, que analisou crianças com idades entre os 0 e os 5 anos, oriundas de 32 países europeus.
Irlanda e Reino Unido apresentam os piores dados sobre obesidade infantil, com 27,5 por cento de crianças irlandesas vítimas deste problema e 23,1 por cento de crianças britânicas nessa situação.
O estudo mostra ainda uma discrepância muito grande entre países europeus, com intervalos de grande dimensão entre os que apresentam piores registos e os que estão na situação inversa.
A Albânia surge em terceiro lugar, com 22 por cento de crianças obesas, muito perto da Geórgia (20 por cento), Bulgária (19,8 pontos percentuais) e Espanha (18,4).
Já no extremo oposto estão a República Checa (5,5 pontos), Bélgica (sete por cento) e Suécia (oito pontos percentuais). França, Itália e Portugal ocupam o meio da tabela, com valores que rondam os 10 por cento.
A obesidade e o peso excessivo são dois conceitos diferentes.
Segundo João Breda, médico, autor do estudo e membro da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Europa, é necessário “adotar medidas para combater este problema”, que pode agravar-se.
Recorde-se que a OMS previu que a Europa possa enfrentar uma epidemia de obesidade na população adulta a partir do ano de 2030.