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Arritmia mais comum afeta 120 mil portugueses

coracao1Dia Mundial do Ritmo Cardíaco assinala-se 13 de junho, data que serve de alerta para a fibrilhação auricular, a arritmia mais comum, que causa um em cada cinco acidentes vasculares cerebrais e afeta 120 mil portugueses.

A fibrilhação auricular é uma arritmia, ou seja, uma perturbação do ritmo cardíaco. É a arritmia mais comum e é responsável pelo aumento em 5 vezes do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Caracteriza-se por batimentos irregulares do coração, impedindo que o sangue seja bombeado corretamente, o que pode originar a formação de coágulos dentro do próprio coração.

“Cerca de 20 por cento de todos os AVC são devidos à fibrilhação auricular. Além disso, os AVC associados a esta patologia são mais incapacitantes e têm uma maior mortalidade, de cerca de 25 por cento ao fim de um mês”, alerta Jorge Ferreira, cardiologista do Hospital de Santa Cruz.

A incidência e a prevalência da fibrilhação auricular têm vindo a aumentar. Em Portugal, estima-se que existam mais de 120 mil pessoas com este problema.

Esta é a patologia do ritmo cardíaco mais frequente em todo o mundo, afetando cerca de um por cento da população total, aumentando para 10 por cento nos indivíduos com mais de 80 anos. Estima-se que, em cada ano, até três milhões de pessoas em todo o mundo sofrem AVC relacionados com a fibrilhação auricular.

“Em muitos casos, a fibrilhação auricular pode ocorrer sem sintomas, sendo apenas detetada quando surgem complicações graves, nomeadamente AVC, tromboembolismo ou insuficiência cardíaca. Entre os sintomas sugestivos, os mais frequentes são palpitações e fadiga” continua o especialista.

Os AVC relacionados com a fibrilhação auricular são mais incapacitantes e representam um custo significativo para os sistemas de saúde de toda a Europa.

Sobre a fibrilhação auricular

Trata-se de uma forma de arritmia cardíaca em que as aurículas apresentam movimentos irregulares, que fazem com que o sangue não flua corretamente, podendo provocar a formação de coágulos. Estes coágulos podem deslocar-se e ocluir um vaso cerebral, causando danos irreversíveis.

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