Desporto

Arrancam hoje os Jogos Paralímpicos 2016, no Rio de Janeiro

Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 arrancam nesta quarta-feira, dia 7 de setembro, efeméride lembrada pela Google, com um doodle. No Rio de Janeiro, durante 12 dias, mais de 4000 atletas de 176 países dão a alma por uma medalha nos Paralímpicos.

Neste dia 7 de setembro arrancam, no Rio de Janeiro, Brasil, os Jogos Paralímpicos 2016, competição que junta mais de 4000 atletas, oriundos de 176 países, entre os quais Portugal, que junta uma comitiva de 29 paralímpicos, lutam pelas medalhas no atletismo, boccia, ciclismo, equitação, natação, judo e tiro.

A Google assinala o arranque da competição, com um doodle alusivo às diferentes modalidades que os Paralímpicos Rio 2016 oferecem.

Vão ser disputadas 23 modalidades Paralímpicas, em 11 dias de competição, com 528 provas, entre as quais 225 femininas, 265 masculinas e 38 mistas.

Como curiosidade, assinale-se que esta é a primeira vez que os Jogos Paralímpicos decorrem na América do Sul, na América Latina e num país lusófono.

Em 2016, passa a ser a segunda vez que a competição é organizada no hemisfério sul, depois de Sydney 2000. Por outro lado, é a nona vez que o Brasil acolhe uma grande competição internacional.

Os primeiros eventos competitivos direcionados para pessoas com deficiência surgiram em Inglaterra e nos EUA, depois da II Guerra Mundial, em resultado de um enorme número de ex-combatentes que escaparam à morte mas com mazelas graves.

E a génese dos Jogos Paralímpicos ocorreu em 1948, em Stoke Mandeville, perto de hospital e de um centro neurológico para tratar feridos de guerra. Esta foi a origem do evento que se agigantou e que ganhou mediatismo, em paralelo com os Jogos Olímpicos.

O neurologista Ludwig Guttmann foi o grande impulsionador da competição paralímpica e aproveitou os Jogos Olímpicos de Londres, que decorriam então, para lançar a semente de uma grande competição paralímpica.

Os Jogos de Stoke Mandeville reuniram 16 atletas, todos eles veteranos de guerra.

O sucesso do método de Ludwig Guttmann com os seus pacientes atingiu proporções inesperadas. Em pouco tempo, outros médicos usaram o desporto como ferramenta para reabilitar os pacientes.

Em 1952, decorrem os Jogos Internacionais de Mandeville, com 130 atletas ingleses e holandeses. Até que em 1960, o sonho de Guttmann concretiza-se, com a realização dos Jogos Paraolímpicos de Roma, considerado pelo Comité Paraolímpico Internacional como o primeiro grande evento. Em Roma, reuniram 400 atletas, de 23 países.

Edição após edição, a prova foi crescendo. Em 2004, nos Jogos Paralímpicos de Atenas, eram já 4000 atletas de 143 países.

Agora, no Rio, estão em jogo medalhas, mas esta competição é muito mais do que uma competição. É um dos mais importantes ‘combates’ pela inclusão social, através do desporto.

A partir de 7 de setembro e até ao dia 18 do mesmo mês, decorrem os Jogos Paralímpicos Rio 2016. É hora de apoiar os nossos campeões.

O Comité Paralímpico de Portugal lançou uma iniciativa louvável, com a hashtag #SemPena2016, um movimento que pretende enfatizar o espírito de superação de cada atleta português, que nos Jogos Paralímpicos 2016 e na própria vida dispensa aquele sentimento.

Paralimpicos_9A propósito dos Jogos Paralímpicos 2016, recorde-se que Portugal conquistou três medalhas, na competição de 2012, que decorreu em Londres.

Mas há um detalhe que talvez escape aos portugueses. O nosso país apresenta no Rio de Janeiro o atleta paralímpico mais medalhado do mundo.

Conheça Lenine Cunha, um desportista assombroso, uma espécie de Michael Phelps dos paralímpicos que passa discreto na comunicação social.

Será um dos candidatos às medalhas, nestes Jogos Paralímpicos 2016. E haverá grandes hipótese de ecoar, no Brasil, o hino de Portugal.

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