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Ariel Castro, o sequestrador de Cleveland, ‘comuta’ a pena e enforca-se na cela

ariel castroCondenado a prisão perpétua, o homem que sequestrou três mulheres em Ohio, nos EUA, optou por ‘comutar’ a sentença para uma pena de morte. Ariel Castro, conhecido como o sequestrador de Cleveland, enforcou-se na cela da prisão e morreu no hospital.

A pena de prisão perpétua para Ariel Castro foi comutada, por ato do próprio, em sentença de morte: o sequestrador de Cleveland enforcou-se na cela, ontem à noite, e acabou por morrer no hospital, para onde foi levado de emergência.

“Depois de encontrarem Castro inanimado, a equipa médica da prisão começou as manobras de suporte básico de vida. Pouco depois foi transportado e o óbito foi declarado” às 22h52 (3h52 em Portugal continental), referiu a porta-voz da prisão onde o sequestrador cumpria pena, no Ohio (EUA).

Ariel Castro, de 53 anos, fora condenado em agosto a uma pena de prisão perpétua pelo conjunto de quase mil crimes, com realce para o sequestro de três mulheres entre 2002 e 2004: Michelle Knight, Amanda Berry e Georgina DeJesus. Durante cerca de uma década, as mulheres foram mantidas em cativeiro e violadas.

“Durante 11 anos, estive no inferno. Agora o teu inferno está a começar. Vais viver no inferno pela eternidade. A partir deste momento, não vou deixar que me afectes. Vou seguir a minha vida e tu morrerás um bocadinho todos os dias”, afirmou Michelle Knight, agora com 32 anos, durante o julgamento.

JoEllen Smith, a porta-voz da prisão, acrescentou que Ariel Castro era o único detido na cela e que, dado o mediatismo do caso, recebia uma atenção especial, com a ronda a passar a cada meia hora. O risco de suicídio foi considerado ultrapassado após a condenação, uma vez que durante o julgamento houve uma vigilância permanente.

Ariel Castro chegou a acordo, durante o julgamento, e deu-se como culpado de 937 dos 977 crimes de que estava acusado, incluindo o de homicídio agravado: forçou um aborto a uma das mulheres sequestradas. “Estão a pintar-me como um monstro. Não sou um monstro, sou doente”, declarara o antigo motorista de autocarros escolares.

O sequestrador pediu desculpa às vítimas, tentando justificar-se com os abusos de que terá sido vítima quando era criança. Só em maio é que Amanda Berry conseguiu pedir ajuda a um vizinho, dando origem à libertação das três. A moradia em causa foi demolida.

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