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Ari Vatanen: “A melhor recordação de Portugal são as pessoas”

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Em Portugal a convite da Federação Portuguesa Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) no Salão dos Campeões, este fim-de-semana em Braga, Ari Vatanen afirma que a melhor recordação que tem do nosso país não são as várias edições do Rali de Portugal que disputou, mas sim as pessoas.

O finlandês, campeão mundial de ralis de 1981, confessa que o convite que lhe foi endereçado pela FPAK foi uma honra, e que regressar a Portugal é sempre um prazer.

“Desde a primeira vez que vim a este país percebi como as pessoas são genuínas, e essa é a melhor recordação que tenho de Portugal, onde poucas vezes fui feliz no rali. Aliás, recordo-me de que em 1981, quando fui campeão, abandonei e a minha equipa deixou-me uma nota no hotel a dizer; acreditamos em ti”, começa por referir Vatanen.

O finlandês, que já foi eurodeputado pelo seu país em Bruxelas, garante que ainda se recorda do percurso do Rali de Portugal do seu tempo como se fosse hoje: “Tenho um mapa mental das classificativas, Arganil, Fafe, Montejunto, Viseu. Etapas longas, corríamos de dia, corríamos de noite, durante quatro ou cinco dias”.

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Mas quando instado a comparar os ralis das décadas de 1980 e 1990 com os actuais, Ari Vantanen é peremptório: “A competição é essencialmente a mesma., Os pilotos têm de se preparar na mesma, talvez até treinem mais, embora só possam reconhecer os troços que fazem parte da prova. Mas testam muito”.

“O que talvez seja diferente nos ralis atuais é a mediatização. Hoje há a internet, a informação chega muito mais depressa. Há mais tecnologia, é verdade, mas naquele tempo as coisas também evoluíam depressa”, lembra.

Relativamente aos futuros carros do WRC, que vão competir a partir do próximo ano, o veterano finlandês mostra-se prudente: “Comparar o que aí vem com os antigos Grupo B poderá ser, até certo ponto, um exagero, mas a verdade é que não sabemos até que ponto haverá riscos em termos de segurança. Eu prefiro esperar para ver”.

Fotos: Ricardo Cachadinha

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