Os seis arguidos do processo ‘Noite Branca’ decidiram não prestar declarações, hoje, na primeira audiência do julgamento. A maioria mostrou vontade de falar, mas apenas o fará numa fase posterior.
Os acusados da morte do empresário Aurélio Palha e tentativa de homicídio do segurança Alberto Ferreira ficaram-se pelo silêncio no Palácio da Justiça do Porto, local onde irá decorrer o julgamento, que teve hoje início.
Bruno Pinto, conhecido como ‘Pidá’, e Mauro Santos anunciaram desde logo que não tencionavam falar. Ficou por perceber se iriam manifestar-se mais tarde. Ambos já estão a cumprir penas perto do máximo permitido (25 anos), por envolvimento no assassinato do segurança Ilídio Correia.
Por sua vez, Miguel Silva, a quem chamam ‘Palavrinhas’, Augusto Soares e Tiago Nogueira, o ‘Chibanga’, admitiram que iriam suspender o silêncio numa fase mais avançada do processo.
Já Ângelo Ferreira, popular como ‘Tiné’, manifestou a intenção de depor. No entanto, depois de trocar algumas palavras com o seu advogado, modificou o seu propósito e admitiu depor apenas numa etapa posterior.
O mais recente advogado de Mauro Santos, Brito Ventura, explicou a estratégia da sua defesa. “Cabe ao Ministério Público o ónus de fazer a prova” e às defesas compete reverter a seu favor as “vulnerabilidades”.
Acerca da pressão mediática em torno do processo, Brito Ventura confessou que “não deixa de pesar” contra os cinco arguidos.