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Arafat: Russos desempatam causa de morte e negam envenenamento por polónio

As hipóteses de Yasser Arafat ter sido envenenado estavam empatadas: cientistas franceses negaram, mas especialistas suíços detetaram vestígios de polónio. A terceira parte das amostras foi entregue a peritos russos: “teve morte natural e não morreu por radiação”.

Yasser Arafat não foi envenenado por polónio, concluíram cientistas franceses e russos, e morreu de forma natural, segundo estes últimos. A hipótese do ex-líder palestiniano ter sido assassinado fora avançado por peritos suíços, que detetaram vestígios de polónio nos objetos pessoais de Arafat.

O desempate coube à Rússia. “Concluímos todas as análises. A pessoa teve morte natural e não morreu por radiação”, afirmou Vladimir Uiba, que lidera a Agência Federal de Análises Biológicas, em conferência de imprensa.

As análises dos cientistas russas foram as terceiras baseadas nas mesmas amostras, retiradas de objetos pessoais cedidos pela víuva de Arafat. Suha Arafat negou a autópsia, em 2004, mas no ano passado autorizou a recolha de amostras (cerca de 60) após a exumação do cadáver, que foram distribuídas por três equipas de peritos: franceses, suíços e russos.

Os especialistas franceses foram os primeiros a avançar com um veredito: Yasser Arafat teve morte natural e não foi envenenado. Porém, os suíços apresentaram uma conclusão diferente, após terem detetado níveis elevados de uma substância altamente radioativa nas amostras: o polónio 210.

A equipa russa termina com o debate científico ao desempatar a favor da morte natural. “Concluímos a avaliação e todos concordaram”, sublinhou Vladimir Uiba, adiantando que a agência não recebeu qualquer pedido para repetir os exames: “concluímos a avaliação e todos concordaram. Além disso, os suíços retiraram as suas conclusões e os franceses confirmaram as nossas”.

A validação científica por maioria não termina a polémica. Faed Mustafa, embaixador da Palestina em Moscovo, garantiu que as autoridades vão continuar a investigar a morte do antigo líder. “Só posso dizer que já foi decidido continuar. Respeitamos a posição dos cientistas, valorizamos muito o seu trabalho, mas decidimos continuar a trabalhar”, revelou Mustafa, citado pela Ria Novosti.

Yasser Arafat morreu a 11 de novembro de 2004, um mês após ter apresentado sintomas de problemas gastrointestinais, em Paris (França), no hospital militar para onde fora transferido. Em julho do ano passado, Suha Arafat apresentou uma queixa contra desconhecidos, em França, depois da descoberta de vestígios de polónio 210 nos objetos pessoais do marido.

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