A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) assinaram hoje um acordo de apoio político a Domingos Simões Pereira na segunda volta das presidenciais.
O acordo, assinado numa unidade hoteleira em Bissau, é uma adenda ao acordo de incidência parlamentar firmado entre os dois partidos a 12 de março, depois da realização das legislativas a 10 de março, que permitiu ao PAIGC ter a maioria no parlamento e formar Governo.
“A APU enquanto partido apoia o candidato Domingos Simões Pereira, essa é a decisão e a vontade do partido”, afirmou Mamadu Lamba, primeiro vice-presidente do partido.
A segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, marcada para o próximo dia 29, vai ser disputada por Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), e por Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).
Segundo Mamadu Lamba, o partido decidiu fazer o aditamento para apoio às eleições presidenciais por ter “consciência das responsabilidades” que tem para com “o povo”.
“Nada vai beliscar este acordo. Este acordo é para quatro anos”, acrescentou.
Na presença da assinatura da adenda ao acordo estiveram presentes, pelo lado da APU-PDG o primeiro, terceiro, quatro e quinto vice-presidentes e o secretário-geral do partido, e do lado do PAIGC a quarta vice-presidente, Adiato Nandingna, e o secretário-geral.
O segundo vice-presidente da APU não esteve presente por estar em missão de serviço, segundo explicou o secretário nacional do partido, Juliano Fernandes.
“A APU elegeu cinco deputados e quatro deputados estão unidos, coesos, e o que os move é a responsabilidade que têm com o seu povo”, afirmou Mamadu Lamba.
Nuno Nabiam, presidente da APU-PDGB, que foi candidato à primeira volta das presidenciais e ficou em terceiro lugar e é vice-presidente do parlamento, decidiu apoiar na segunda volta Umaro Sissoco Embaló, tendo assinado para o efeito um acordo de apoio político com aquele candidato em Dacar, no Senegal.
Num comunicado divulgado à imprensa, a semana passada, a APU-PDGB já se tinha demarcado do acordo, sublinhando que não o reconhecia por não ter sido submetido a discussão democrática de nenhum dos órgãos do partido estatutariamente competentes.
“A sensação é de uma alegria enorme, por causa da grande oportunidade de testemunhar este momento”, afirmou a quarta vice-presidente da APU, Adiato Nandingna, perante os apoiantes da APU, salientando que na Guiné-Bissau ainda há “homens íntegros, conscientes, consequentes e consistentes”.
A campanha eleitoral para a segunda volta começa esta sexta-feira.