Cultura

Apreensão de cocaína e haxixe com grande aumento em 2017

As quantidades de cocaína e de haxixe apreendidas em Portugal no ano passado subiram 162 e 116,3 por cento, respetivamente, enquanto as de heroína e de ecstasy reduziram, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2017.

Em comparação com 2016, registou-se um aumento da quantidade de cocaína e de haxixe apreendidos pelas autoridades e uma diminuição da heroína e do ecstasy: menos 15,3 e menos 89 por cento, respetivamente.

Quanto ao número de apreensões efetuadas, houve menos 109,7 por cento de ecstasy, num total de 585 quilos, menos 48,7 por cento de haxixe (6917 quilos), menos 39,8 por cento de cocaína (1576 quilos) e menos 33,7 por cento (1024 quilos) de heroína.

Devido aos crimes de tráfico de drogas, as autoridades policiais detiveram 7.256 pessoas, das quais 666 mulheres, o que representa um aumento de 24 por cento do número total de detidos.

Destes detidos, 1124 eram cidadãos estrangeiros, o que, segundo o RASI, demonstra o caráter transnacional dos fenómenos.

“A utilização do território nacional no tráfico de grandes quantidades de haxixe e cocaína com destino a outros países europeus resulta da posição geográfica de Portugal e da existência de especiais relações com alguns países da América Latina, como o Brasil”, refere o documento.

Quanto às rotas das drogas apreendidas, o relatório diz que não se verificaram alterações significativas relativamente aos anos anteriores, continuando a heroína a chegar a Portugal através de outros países europeus e também de Moçambique por via aérea.

“O haxixe continua a ser maioritariamente proveniente de Marrocos e a cocaína da América do Sul”, adianta o relatório.

Relativamente aos dados extraídos da criminalidade participada os crimes relativos aos estupefacientes apresentaram uma subida de mais de 960 participações, o que representa uma variação de mais 13,2 por cdento, relativamente a 2016.

Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3 por cento.

O relatório reúne os indicadores de criminalidade registados pela Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e Aduaneira e Polícia Judiciária Militar.

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