Ciência

Apocalipse? A NASA tem cinco dias para nos avisar

Se o apocalipse for provocado por um asteróide, a NASA vai avisar-nos cinco dias antes do fim. O sistema de alerta tem uma eficácia a rondar os 100 por cento.

Os sinais estão todos aí, é só juntar as peças: há cada vez mais corpos solares a serem detetados nas proximidades da Terra e alguns têm passado a distâncias assustadoramente curtas.

E também não faltam filmes em que o apocalipse é provocado pelo embate de um asteróide na superfície da Terra (e, por norma, dentro das fronteiras dos Estados Unidos…).

Se tal acontecer, a NASA vai avisar-nos cinco dias antes.

Os programadores e os astrónomos da agência espacial norte-americana desenvolveram um sistema de alerta que deteta os corpos celestes em rota de colisão com a Terra e qual o diâmetro (fundamental para calcular a potência devastadora do impacto) que possui.

Pensa que é argumento para um filme de ficção científica? Saiba que só em 2011, de acordo com um relatório publicado nesse ano pela NASA, havia cerca de 5000 asteróides, com diâmetros a rondar os 100 metros, a vagabundear pela galáxia.

A estes há que somar as dezenas de milhares de asteróides com diâmetro inferior a 100 metros, o que, a somar a outros corpos celestes, aponta para mais de um milhão de objetos sigam uma rota que, um dia, poderá apanhar a Terra no caminho…

Os riscos de um apocalipse ‘caído dos céus’ é bem real, o que levou a NASA e outras agências, como a russa Roscosmos, a desenvolver estes sistemas de alerta de impacto iminente e, num segundo plano, de infraestruturas de ‘defesa’ contra essas ameaças espaciais.

É verdade que, se o asteróide foi grande, não é em cinco dias que se vai salvar a Humanidade. Contudo, ainda há poucos anos o período para o alerta era de breves horas. Com 120 horas, as autoridades já poderão aplicar um plano de emergência, minorando tragédias como a que ocorreu em Chelyabinsk.

Foi em 2013 e sem aviso: um meteorito que teria 17 metros de diâmetro explodiu na atmosfera, nos céus de Chelyabinsk, causando mais de 1200 feridos. O impacto da explosão foi de 500 quilotons de energia, quase 40 vezes superior à bomba atómica largada em Hiroshima (13 quilotons), na II Guerra Mundial.

O Scout, o novo sistema de alerta da NASA, ainda este mês passou um teste com sucesso, detetando (com cinco dias de antecedência para um eventual embate) o asteróide 2016 UR36 e medindo o diâmetro do mesmo: entre cinco e 25 metros.

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