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APED pede ao Governo revisão “com urgência” da lista de medicamentos vendidos sem receita

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) apelou hoje ao Infarmed e ao Ministério da Saúde para reverem, “com urgência”, a lista de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), de venda livre, para assim aumentar a oferta.

Num comunicado hoje divulgado, a APED “reforça este apelo no dia em que foram conhecidos dados referentes à venda de MNSRM, que vêm corroborar que os preços praticados nos espaços de saúde são consideravelmente inferiores aos praticados nas farmácias”.

Um estudo divulgado hoje pela DECO refere que os hipermercados vendem os medicamentos sem receita médica em média 9 por cento mais baratos do que as farmácias, uma tendência que acontece desde 2007, mas que tem vindo a diminuir.

O estudo da Deco/Proteste, que será publicado na edição de dezembro da revista Teste Saúde, analisou os preços de 25 medicamentos para as dores, tosse, alergias, obstrução nasal e gripe.

A APED reforça que “o preço dos medicamentos sem receita médica vendidos nos espaços de saúde da distribuição foi 14,7 por cento mais baixo do que os apresentados pelas farmácias, segundo os dados que tem disponíveis sobre o primeiro trimestre de 2018, referentes ao ‘top 5’ de vendas em unidades deste tipo de medicamento”.

No comunicado hoje divulgado, Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, afirma que “é imperativa a revisão desta lista para que o mercado dos MNSRM se torne mais competitivo e traga ao consumidor uma maior diversidade de produtos a preços ainda mais acessíveis”.

O mesmo responsável sublinha que Portugal “está na 24.ª posição entre os 28 Estados-membros da União Europeia com menor expressão de MNSRM face ao mercado de prescrição, uma realidade que não se coaduna com a maturidade e experiência demonstrada pelo mercado português, nomeadamente pelo setor do retalho e distribuição, nesta área”.

“A venda de MNSRM nos espaços de saúde teve início em 2006 e é feita desde então com total garantia de segurança, sendo apoiada por profissionais devidamente certificados e preparados para o aconselhamento”, sublinha Gonçalo Lobo Xavier.

Entre julho e setembro de 2018, a DECO recolheu os valores dos medicamentos de venda livre cujas substâncias ativas são das mais vendidas em Portugal, tendo obtido 8.286 preços em farmácias (incluindo online), hipermercados e parafarmácias.

O conjunto dos 25 medicamentos estudados custa, em média, 152 euros nas grandes superfícies, 170 nas parafarmácias e 173 nas farmácias, sendo de 21 euros a diferença média de preços entre farmácias e hipermercados.

As farmácias apresentam a maior variação de preços para o mesmo medicamento, sendo que em muitos casos, foi nestes estabelecimentos que foram encontrados os valores mais baixo e mais elevado, salienta o estudo.

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