As autoridades combateram, em média, 77 fogos florestais por dia, durante os primeiros seis meses do ano de 2012. Ao todo, 14 102 incêndios foram contabilizados pela SEPNA, da Guarda Nacional Republicana. A negligência é a principal causa dos fogos.

Os primeiros seis meses de 2012 apresentam uma média diária de 77 fogos florestais, de acordo com números da GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), divulgados hoje. Ao todo, foram 14 102 ocorrências registadas, sendo que a maioria mereceu investigação, por suspeitas de fogo posto.

Os números da SEPNA dão conta de 9338 incêndios investigados, em virtude de suspeita de práticas criminosas, na origem dos fogos. Os incêndios florestais que tiveram como origem comportamentos negligentes também apresentam números assinaláveis: 5819.

Em causa, atitudes como cigarros acesos no chão, ou queimadas florestais que se tornam incontroláveis e resultam em fogos florestais de grandes dimensões. Apesar de um número elevado de negligência humana, há, ainda, muitos casos de mão criminosa: provada em 1114 ocorrências.

Daqueles 14 mil incêndios registados pelas autoridades de janeiro a junho de 2012, 2397 não tiveram causa apurada, sendo que apenas oito resultaram de causas comprovadamente naturais.

A GNR identificou em 2012, neste semestre, 321 pessoas, por suspeita de terem ateado fogos florestais, sendo que 16 foram detidos.

Em todo o ano de 2012, o SEPNA contou 31 161 fogos florestais. Destes, 20 998 mereceram diligências de investigação, sendo que também a negligência foi a principal causa desses incêndios: 8415.

Daquelas 31 161 ocorrências, 4327 foram fogo posto e 116 efeito de causas naturais. Há um ano, a GNR procedeu à detenção de 22 pessoas – quase tantas quantas no primeiro semestre de 2012.