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Ao fim de 23 anos no corredor da morte, Debra vê a inocência reconhecida

Condenada à morte pelo homicídio do filho de 4 anos em 1990, Debra Mike vê finalmente o sistema judicial dos EUA reconhecer que está inocente. A mulher esperou 23 anos no corredor da morte para que a acusação fosse invalidada devido à conduta “ultrajante” de um investigador.

A espera demorou 23 anos, passados no corredor da morte, mas Debra Mike foi finalmente inocentada, no Arizona (EUA). A mulher, de origem alemã e atualmente com 51 anos, tinha sido condenada à morte pelo homicídio do filho em 1990, quando a criança tinha apenas 4 anos de idade.

Debra Milke declarou-se inocente, mas no julgamento foi levado em conta o testemunho de um investigador, que garantiu ter recebido uma confissão por parte da arguida. No depoimento, o detective Armando Saldate afirmou que a mulher, divorciada, confessara ter contratado dois assassinos para receber o valor de um seguro de vida sobre o filho.

Só que, ao longo destes 23 anos em que Debra Mike esteve no corredor da morte, a acusação nunca conseguiu apresentar qualquer registo que comprovasse essa alegação. A defesa, citada pelo Centro de Informação sobre a Pena Capital (DPIC), acusou “os procuradores do Arizona de má conduta em metade dos casos de pena capital”.

Há dois anos, um tribunal de recurso anulou a condenação, com base na conduta “ultrajante” do investigador principal.

Ontem, a juíza Rosa Mroz declarou formalmente a retirada das acusações, depois de a acusação ter perdido, no Supremo Tribunal de Justiça, o último de uma longa série de recursos.

Isto já depois do Tribunal Supremo do Arizona ter-se recusado a ouvir o recurso final do Ministério Público (a 17 de março).

Com esta deliberação, anota o Centro de Informação sobre a Pena Capital (DPIC), em comunicado, Debra Milke (que fora libertada sob fiança em 2013) tornou-se na 151.ª pessoa (e apenas a segunda mulher) condenada à pena capital a ser declarada inocente desde 1973.

Refira-se ainda que dois homens, num outro processo, declaram-se culpados do homicídio do filho de Debra Milke.

A 2 de dezembro de 1989, Debra Mike aceitou que um colega, Jim Styers, acompanhasse o menino numa visita ao centro comercial, para que a criança pudesse ver o Pai Natal.

De acordo com o tribunal, Styers, acompanhado pelo amigo Roger Scott, conduziu “o rapaz para uma ravina isolada nos arredores da cidade, onde atingiu Christopher com três balas na cabeça”.

Roger Scott e Jim Styers foram condenados à morte e estão ambos no corredor da morte.

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