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“António Costa sabe que está a mentir. O Chega moderou-se nos Açores”, reage Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, acusou o secretário-geral do PS, António Costa, de “mentir” sobre o acordo dos sociais-democratas com o Chega nos Açores.

O líder socialista (e primeiro-ministro) tinha acusado o PSD de “ter ultrapassado a linha vermelha de toda a direita democrática ao celebrar um acordo com a extrema-direita xenófoba”, afirmação que mereceu um veemente repúdio de Rui Rio.

“António Costa sabe que está a mentir”, afirmou o presidente do PSD, em conferência de imprensa realizada no Porto.

“Já foi referido por mim e por três vice-presidentes do partido, por diversas vezes, que não há nenhum acordo nacional com o Chega. Não há acordo nacional com o Chega nem com a Iniciativa Liberal, nem com o PPM, nem sequer com o CDS”, sustentou.

O líder social-democrata explicou que o acordo com o Chega foi “decidido lá”, nos Açores, para viabilizar um Governo Regional de direita.

Esse acordo foi baseado em “quatro compromissos”, com Rui Rio a perguntar se três deles são “fascistas”.

“Fazer uma proposta de redução dos deputados regionais é fascista, é de extrema-direita? Baixar a incidência da subsidiodependência nos Açores é fascista? É fascista lutar contra a corrupção? Provavelmente, queriam que eu dissesse que era contra a corrupção, mas passei a ser a favor quando descobri que o Chega também é contra”, ironizou.

O quarto compromisso é o reforço da autonomia dos Açores, que “aparece sempre” e não mereceu grandes comentários de Rui Rio.

“Não fui eu que decidi, decidiram lá, mas com toda a frontalidade digo que sou a favor da redução dos deputados regionais, sou a favor do aumento do emprego e da baixa do rendimento mínimo garantido e sou a favor da luta contra a corrupção”, frisou o presidente do PSD.

“Temos de ter a noção do ridículo e é isto que o PS, a começar pelo secretário-geral [António Costa], e o Bloco de Esquerda não têm tido, procurando enganar os portugueses. Não fui eu nem o PSD nacional a negociar o que quer que seja com a Iniciativa Liberal e o Chega nos Açores”, insistiu.

Acusado de ter “passado a linha vermelha” por chegar a acordo com o Chega nos Açores, Rui Rio não descartou que tal aconteça “no continente”, embora com uma condição.

“Já o disse uma vez muito claramente, até deu origem a não sei quantos incêndios políticos: Se o Chega se moderar pode haver hipóteses de diálogo. Nos Açores, moderou-se”, afirmou.

O presidente do PSD deixou ainda um recado a Carlos César, presidente do PS e antigo presidente do Governo Regional dos Açores, que também criticou publicamente o acordo dos sociais-democratas com o Chega.

“Eu tinha vergonha se tivesse sido presidente do Governo Regional dos Açores e no fim tivesse uma taxa elevadíssima da população viver do rendimento mínimo garantido. Tinha mais vergonha disso do que estar a dizer que concordo com Chega quando é preciso baixar o rendimento mínimo garantido e aumentar o emprego”, finalizou Rio Rio.

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