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Antigo ministro das Finanças moçambicano defende julgamento do seu sucessor

O antigo ministro das Finanças de Moçambique Tomaz Salomão defendeu hoje o julgamento do seu sucessor Manuel Chang para que sirva de exemplo, assinalando que o país deve recuperar os recursos desviados na operação das dívidas ocultas.

“Eu não estou preocupado com o sítio onde ele vai ser julgado, é bom que ele seja julgado, para que sirva de exemplo, para que coisas destas não se repitam”, afirmou Tomaz Salomão, em declarações hoje à Rádio Moçambique.

O antigo ministro das Finanças considerou ilegal e criminoso o alegado recurso secreto a garantias do Estado que resultou na angariação de empréstimos fora das contas do públicas e que terão sido usados para o pagamento de subornos a dirigentes do Estado.

“Usar garantias do Estado para obter financiamentos, quer internos quer externos, para depois os distribuir ou ocultá-los em contas alheias ao Estado é ilegal e criminoso”, declarou Tomaz Salomão, que é atualmente membro da Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder no país.

O antigo ministro das Finanças moçambicano defendeu que o julgamento de Manuel Chang e de outras pessoas alegadamente envolvidas na contração dos empréstimos deve assegurar a recuperação do dinheiro desviado, assinalando que, provavelmente, o Estado moçambicano não deve pagar os montantes das dívidas.

“Além de julgar os envolvidos, vamos garantir que estes bens sejam recuperados e amanhã, eventualmente, vamos discutir se Moçambique tem alguma coisa a pagar ou não”, acrescentou.

O antigo ministro das Finanças de Moçambique volta na sexta-feira ao tribunal para ser ouvido em relação a um pedido de extradição feito pela Justiça norte-americana pelo seu envolvimento na operação das dívidas ocultas, que considera que também violou a legislação económica e financeira norte-americana.

Chang foi detido a 29 de dezembro na África do Sul, quando estava em trânsito para o Dubai, num processo em que também estão detidos três antigos funcionários do Credit Swisse e um responsável da Privinvest, a fornecedora dos equipamentos comprados com parte do dinheiro dos empréstimos.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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