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Antibióticos: Resistência das bactérias aumenta “de forma significativa” em Portugal e na Europa

klebsiella pneumoniaeAs bactérias estão a ficar cada vez mais resistentes aos antibióticos. Hoje, o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças confirmou o aviso da Direção-Geral de Saúde sobre um problema de saúde pública que tem aumentado “de forma significativa”.

Dois dias depois do diretor-geral de Saúde, Francisco George, ter alertado que o aumento da resistência de vários agentes infeciosos a alguns antibióticos é “um dos grandes problemas em Portugal”, o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças  (ECDC, na sigla em inglês) divulga o relatório do Sistema Europeu de Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos, que renova o alerta: este aumento da resistência tem-se registado “de forma significativa” por toda a Europa.

No ano passado, Portugal esteve no top 10’ dos países mais consumidores de antibióticos. Um consumo que, segundo o ECDE, tem sido abusivo e irresponsável, permitindo às bactérias evoluírem e desenvolverem resistência aos fármacos. Neste ponto, as duas bactérias com melhor evolução são as mesmas que originam a maioria das infeções urinárias e respiratórias, a Klebsiella pneumoniae e a Escherichia coli.

Esta maior resistência das bactérias torna-se um perigo de saúde pública quando está na origem, segundo os dados da ECDC, de 400 mil infeções e 25 mil mortes por ano na Europa. A Grécia é o exemplo mais negativo, com a percentagem de casos resistentes em pacientes com infeções provocadas pela Klebsiella pneumoniae a aumentar de 49 para 68 por cento, de 2010 para 2011.

Portugal também aparece pelos piores motivos. A par da Roménia, é o único país onde as infeções em meio hospitalar, provocadas pela Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus, superam os 50 por cento.

Bem melhores são os dados alusivos à Klebsiella pneumoniae, cujas incidências são inferiores a um por cento.

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