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Antibióticos: Agentes infeciosos mais resistentes obrigam os médicos a “explicar” as prescrições

O aumento da resistência dos agentes infeciosos a alguns antibióticos começa a ser “preocupante” para o diretor-geral de Saúde, que vai reforçar “a monitorização da dispensa” destes fármacos: “Os médicos vão ter de dar explicações sobre esta prescrição”.

“Um dos grandes problemas em Portugal”, no setor da saúde, é o aumento da resistência de vários agentes infeciosos a alguns antibióticos. O reconhecimento da situação é feito pelo diretor-geral de Saúde, Francisco George, acrescentando que também se nota um aumento nas resistências a antivirais e protozoários.

“Estamos na iminência de poder não ter antibióticos ativos contra as bactérias e o exemplo mais preocupante é o da tuberculose”, asseverou o responsável, revelando que a monitorização da dispensa de antibióticos, em vigor em alguns hospitais, deve ser expandida a todas as instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS): “ss médicos vão ter de dar explicações sobre esta prescrição”.

“Explicações” que já deviam ser dadas, como nos casos em que o antibiótico receitado não será o mais adequado ou é receitada uma dosagem temporalmente excessiva, mas que as comissões de controlo de infeção vão deixando passar em claro. Na acusação do diretor-geral da Saúde, as administrações hospitalares “não têm dado a devida importância à dimensão das infeções e das resistências”.

“As comissões de infeção são pouco apoiadas pelas próprias administrações”, reconheceu Francisco George, referindo que o reforço na vigilância sobre as prescrições vai incidir na “monitorização da dispensa de antibióticos nas farmácias hospitalares”.

As afirmações do diretor-geral de Saúde foram proferidas à margem da conferência “a Infeção Associada aos Cuidados de Saúde” (IACS), no âmbito da qual foi reconhecido que estas infeções representam 16 milhões de dias extra de internamento por ano. “Em cada momento, mais de 1,4 milhões de doentes em todo o mundo adquirem uma infeção hospitalar”, admitiu Elaine Pina, consultora da DGS.

Embora haja alguns tipos de infeção que nem as medidas de controlo conseguem erradicar, há muitas cuja incidência pode diminuir, acrescentou Elaine Pina, exemplificando com a infeção urinária.

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