Ciência

Antibiótico com 60 anos pode ser a cura para as bactérias multirresistentes

Um antibiótico desenvolvido há 60 anos pode ser a base de uma futura cura das infeções provocadas por bactérias multirresistentes. Uma nova versão da vancomicina, desenvolvida na Califórnia (EUA), promete ser mais eficaz mesmo quando administrada em menor quantidade.

Agora, só falta começarem os ensaios, primeiro com animais e depois em humanos, para se comprovar a verdadeira eficácia deste ‘novo’ medicamento.

Dale Boger, o bioquímico do Instituto Scripps Research que criou uma nova versão da vancomicina, acredita que o composto poderá ter sucesso onde os antibióticos atuais têm falhado.

Isto porque as bactérias vão-se adaptando aos fármacos e desenvolvem resistência aos tratamentos. A própria Organização Mundial de Saúde tem alertado para a emergência de “uma era pós-antibióticos”, com bactérias multirresistentes.

Só que a nova versão da vancomicina é mil vezes mais potente e praticamente imune às mutações com que as bactérias se adaptam, prometendo que, no futuro, uma quantidade menor do antibiótico tenha uma eficácia bem superior.

“A vancomicina é um antibiótico de último recurso contra algumas infeções graves”, lembra Dale Boger, confiante de que “os médicos poderiam usar esta nova versão da vancomicina sem qualquer medo”.

O problema é que o novo composto ainda não passou por qualquer ensaio clínico. A equipa do Instituto Scripps Research acredita, ainda assim, que o futuro medicamento poderá chegar ao mercado daqui a cinco anos.

 

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