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Aniversário do principal grupo criminoso do Brasil vai ser celebrado com vaga de homicídios

O Primeiro Comando da Capital, o principal grupo de crime organizado do Brasil, foi fundado a 31 de agosto de 1993. O programa do 24.º aniversário promete uma ‘festa’ de arromba: as ordens são para matar indiscriminadamente, embora haja uma lista de alvos preferenciais.

Documentos secretos, a circular entre os membros do PCC e aos quais o grupo Folha de S. Paulo teve acesso, revelam que a vaga de mortes deverá ocorrer na cidade de Porto Velho, a capital do estado da Rondónia, onde fica uma das quatro prisões de alta segurança do Brasil e onde está presa (alegadamente, em isolamento) a Sintonia Alta, considerada a cúpula do gangue.

Até ao final deste mês, têm de morrer pelo menos um juiz federal, um dirigente de topo do Ministério Público, um inspetor da Polícia Federal e vários guardas prisionais, cujos nomes contam na infame lista de ‘prendas de aniversário’.

Face à revelação dos documentos, as autoridades terão decretado medidas adicionais de segurança, em especial para proteção das pessoas nomeadas na lista.

Porém, as mesmas autoridades reconhecem que os ‘serviços secretos’ do grupo criminoso terá já recolhido toda a informação necessária, como os horários, hábitos e relações familiares e sociais dos alvos a abater.

No ano passado, o 23.º aniversário do PCC foi ‘comemorado’ na prisão de Catanduvas, no estado do Pará. Vários guardas prisionais foram assassinados.

Associado ao tráfico de droga, o Primeiro Comando da Capital é famoso por organizar rebeliões nas prisões, assassinatos, assaltos e sequestros. É um grupo criminoso que já se internacionalizou, atuando também na Bolívia e no Paraguai.

 

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