Categorias: MundoNas Notícias

Aniversário de revolta tibetana é ocasião para lembrar vítimas, exilados e insurgentes

O aniversário da Revolta Nacional Tibetana no domingo é uma ocasião para lembrar os milhares de vítimas, exilados e aqueles que continuam a desafiar o domínio chinês, defendeu hoje um ativista britânico da organização Tibete Livre.

“Quando os tibetanos comemoram o dia 10 de março, lembram-se daqueles que foram mortos, daqueles que perderam as suas vidas durante nas décadas após 1959 e daqueles que foram forçados a fugir para o exílio e são incapazes de voltar para casa, incluindo seu líder espiritual, o Dalai Lama”, disse à agência Lusa o responsável pelas campanhas, John Jones.

No dia 10 de março celebra-se o 60.º aniversário desde uma frustrada rebelião contra a administração chinesa, que terminou com o exílio na vizinha Índia do líder político e espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama, que Pequim acusa de ter “uma postura separatista”.

No dia 14 de março de 2008, a capital da região autónoma do Tibete, Lhasa, foi palco de violentos ataques contra a presença chinesa, que fizeram 18 mortos, segundo dados do Governo chinês. Um número desconhecido de tibetanos foi morto pelas tropas chinesas na sequência daquele incidente.

A Tibete Livre [Free Tibet], uma organização internacional que faz campanha pelo fim da ocupação do Tibete pela China e pelo reconhecimento internacional do direito dos tibetanos à liberdade, está a promover uma manifestação em Londres no domingo, em paralelo com protestos em todo o mundo, incluindo Lisboa.

“Esperamos ter uma participação particularmente grande neste ano, com centenas de tibetanos e apoiantes do Tibete a planear participar”, adiantou o responsável.

Jones afirma que a coragem e risco que os tibetanos concorreram em 1959 para desafiar o regime de “repressão brutal e sangrenta pelo Partido Comunista Chinês” se mantém, mas que se tornou mais difícil desde 2008, quando ocorreu o último levantamento popular significativo.

“Há milhares de soldados e policiais chineses em todo o Tibete e uma vigilância rigorosa. O Tibete está isolado do mundo, com poucas pessoas e pouca informação capaz de escapar para o mundo exterior. Os tibetanos que se manifestarem serão presos, detidos num local secreto, torturados e condenados a longas penas de prisão”, afirmou.

Apesar disso, garantiu, “os tibetanos continuam a encontrar uma maneira de resistir, e todos os anos recebemos informações de tibetanos dentro do Tibete que pressionam pela liberdade, apesar das consequências graves”.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: Tibete

Artigos relacionados

Euro Dreams resultados de hoje: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

4 de julho, é ratificada a Declaração da Independência dos EUA

No dia 4 de julho de 1776, é ratificada e publicada a Declaração da Independência…

há % dias

Números do Euromilhões: Chave de terça-feira, 2 de julho de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 2 de…

há % dias

2 de julho, a Literatura ganha Hesse, mas perde Hemingway e Sophia

Nasce Hermann Hesse, morrem Ernest Hemingway e Sophia de Mello Breyner. O dia 2 de…

há % dias

Milhão: Onde saiu? Veja onde saiu o Milhão esta sexta-feira

Milhão: onde saiu hoje? Saiba tudo sobre o último código do Milhão de sexta-feira e…

há % dias

1 de julho, nasce Amália Rodrigues, a diva do fado

Hoje é dia de recordar Amália Rodrigues, que nasceu a 1 de julho de 1920,…

há % dias