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Angolanos saem hoje à rua em protesto contra desemprego no país

Um grupo de estudantes, ativistas e parte de sociedade civil angolana vai hoje marchar pelas ruas de Benguela como forma de protesto contra o desemprego no país, acusando o Governo de “pouco ou nada” fazer.

Num documento enviado ao governador de Benguela, a organização do protesto lembra o “comprometimento” do partido no poder, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que no seu manifesto eleitoral prometia “a criação, no mínimo, de 500 mil novos empregos”.

“Não se veem políticas públicas claras e/ou objetivas para o alcance destes 500 mil postos de empregos, e sem produção, sem empregos, não se vai melhorar a situação social e económica dos angolanos”, argumentam os promotores da manifestação.

Os cidadãos descontentes com o estado socioeconómico angolano pedem assim que a criação de “políticas públicas concretas e inclusivas voltadas à valorização do capital humano angolano”.

“Acima de tudo, é necessário devolver a esperança de ter um emprego condigno aos jovens”, assinalam.

“Se queremos combater a delinquência, devemos ocupar os jovens para que não tenham tempo de pensar em coisas negativas, mas sim em trabalhar para o progresso do próprio país”, lê-se na nota enviada ao governador Rui Pinto de Andrade, membro do MPLA.

A marcha de hoje surge cinco meses depois de em 07 de julho de 2018 mais de uma centena de jovens ter protestado em Luanda pelas mesmas razões.

Em 22 de julho de 2017, em plena campanha eleitoral para as eleições gerais de agosto em Angola, João Lourenço, atual chefe de Estado, prometeu que, numa só legislatura, iria conseguir criar pelo menos meio milhão de empregos, reduzir um quinto à taxa de desemprego de 24 por cento e instituir o rendimento mínimo social para as famílias em pobreza extrema.

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