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Angola registou recessão de dois por cento no setor agrícola em 2018

O agrónomo Fernando Pacheco, conselheiro do Presidente da República de Angola, disse hoje que, em termos nominais, o setor agrícola do país registou uma recessão de 2 por cento, em 2018, “apesar do relativo aumento” da produção de alguns produtos.

“Temos que concluir que, acompanhando a recessão económica do país, a agricultura também teve em termos nominais uma recessão de 2 por cento, ou seja, a agricultura nesse período não cresceu, diminuiu, embora do ponto de vista físico se olharmos para os produtos há realmente aumento da produção física”, afirmou hoje Fernando Pacheco, em Luanda.

Segundo o investigador e colaborador do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN), onde hoje foi apresentado o Relatório Económico de Angola 2018, o país regista dois milhões de pequenas explorações agrícolas familiares que estão “menosprezadas”.

O conselheiro do Presidente angolano, João Lourenço, disse, na sua intervenção, que a estrutura da produção agrária do país, teoricamente, é baseada na existência destas explorações agrícolas familiares que representam um recurso interno que tem sido “sistematicamente menosprezado”.

“Porque se considera erradamente que essas explorações são meramente de subsistência, o que não é verdade”, afirmou, enquanto resumia um capítulo do estudo, com cerca de 400 páginas, dedicado ao setor agrícola angolano.

Baseando-se nas estatísticas do ministério da Agricultura angolano, o agrónomo realçou que as explorações agrícolas familiares ou agricultura familiar “são responsáveis por grande parte da alimentação no nosso país”.

Para Fernando Pacheco, a agricultura familiar tem de ser encarada na perspetiva da sua “maior valorização”, de modo a que as famílias “possam ter confiança” e decidam aumentar a produção dirigida ao mercado.

“E porque teimamos em não ver essa realidade, vamos verificar que apenas 12 por cento dessas explorações agrícolas familiares são assistidas pelas estruturas do Governo. Se queremos combater a pobreza e melhorar a situação económica através do crescimento está aqui um caminho que é necessário explorar”, observou.

Lamentou ainda que “infelizmente” subsista no país um “preconceito” de que esta agricultura não tem futuro.

“Continuamos a pensar que apenas as chamadas explorações agrícolas empresariais têm lugar no nosso país”, destacou

De acordo com o investigador, Angola conta apenas com 8 mil explorações agrícolas empresariais.

Lusa

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