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Angola registou na época balnear 526 mortes por afogamentos

Angola registou um total de 526 afogamentos na última época balnear, entre agosto de 2018 e maio deste ano, uma realidade que “continua preocupante”, revelou hoje o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB) angolano.

Segundo o responsável da Direção de Resgate e Salvamento do SNPCB, subcomissário bombeiro João Ambrósio, “a situação continua preocupante, atendendo ao número de mortes por afogamento que se verificaram ao longo da época balnear”.

No período em referência, foram notificadas um total de 734 ocorrências diversas, menos 265 comparativamente ao período homólogo.

Do total de afogamentos, 244 mortes foram registadas em rios, 151 em praias marítimas, 126 em cacimbas (poços de água), tanques, lagoas, inundações, fossa sética e reservatórios de água, e cinco outras em piscinas.

A província de Luanda, capital do país, foi a que registou o maior número de afogamentos, com 80 óbitos, seguindo-se Benguela (48), Huambo (60), Bié (45), Lunda Norte (37), Namibe (30), Huíla (28) e Cuanza Sul (29).

Segundo João Ambrósio, no interior do país, as províncias mais afetadas foram o Huambo, Bié e Lunda Norte, tendo 60 por cento dos casos ocorrido em cacimbas.

Sobre os afogamentos em rios, João Ambrósio disse que se verificam porque no interior do país a população utiliza esse recurso para a sua subsistência, quer para os atravessar quer para o consumo de água.

Na base dos afogamentos foram apontados essencialmente a exaustão física (55 por cento), o consumo de bebidas alcoólicas (15 por cento), a má natação (14 por cento), as correntes (10 por cento) e doença súbita (6 por cento).

As equipas de nadadores-salvadores salvaram um total de 190 pessoas.

A faixa etária com maior registo de casos (111) é a dos 10 aos 19 anos, sendo o sexo masculino o mais afetado, com um total de 461 pessoas.

João Ambrósio referiu que se continua a verificar o problema da retirada pelos cidadãos das placas que proíbem o uso de certas praias, apesar das várias campanhas de sensibilização.

“É uma questão de consciência do cidadão. As placas estão aí para, em primeira instância, preservar a vida das pessoas que se fazem a estes lugares”, disse.

Relativamente ao número de nadadores-salvadores, o responsável disse que não é suficiente, salientando que está em curso um processo para aumentar o número de efetivos, iniciado em 2011, com o recrutamento de pessoal com habilidades de natação.

“Temos uma extensão de praias marítimas de cerca de 1.650 quilómetros, dos quais 560 são praias usadas, algumas delas não ainda em condições, mas este leque de extensão territorial não encontra ainda cobertura devido ao número insuficiente de nadadores salvadores que o serviço tem”, referiu.

De acordo com João Ambrósio, o SNPCB conta atualmente com pouco mais de mil nadadores-salvadores.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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