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Angola regista em julho a taxa de inflação homóloga mais baixa desde 2015

Angola registou, em julho, uma inflação homóloga de 19,01 por cento, a mais baixa desde 2015, com a taxa a atingir em termos mensais 1,25 por cento, a segunda mais reduzida em 2018, indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.

Na nota de imprensa sobre a evolução do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), que mede a inflação em todo o país, o INE afirmou que os maiores aumentos de preços em julho se registaram em Malanje (3,11 por cento), Bengo (1,89 por cento), Cunene (1,75 por cento) e Uíge (1,58 por cento), enquanto os menores ocorrerem na Lunda-Sul (0,76 por cento), Cuando Cubango (0,81 por cento), Namibe e Cabinda (ambos com 0,88 por cento).

A taxa de inflação foi influenciada pelos aumentos verificados na classe Vestuário e Calçado, com 2,11 por cento, destacando-se também as subidas dos preços nas classes Bens e Serviços Diversos (1,63 por cento), Saúde (1,61 por cento) e Lazer, Recreação e Cultura (1,57 por cento).

A variação homóloga registou um decréscimo de 8,28 pontos percentuais (p.p.) em comparação com a observada em igual período do ano anterior, declarou o INE, acentuando a tendência para a queda que é observada há vários meses consecutivos.

O nível geral do IPC da província de Luanda registou uma variação de 1,23 por cento em julho, influenciado pela evolução verificada na classe Vestuário e Calçado, em que os preços subiram 2,06 por cento.

Ainda em Luanda, destacaram-se também os aumentos dos preços verificados nas classes Lazer, Recreação e Cultura (1,5 por cento), Bens e Serviços Diversos e Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção, ambos com 1,42 por cento.

A variação homóloga em Luanda situou-se em 19,51 por cento, menos 9,50 p.p. que em igual mês do ano passado, indica-se no comunicado.

O INE deu também conta que o Índice de Preços Grossista, igualmente referente a julho, registou um ligeiro aumento de 1,34 por cento, com os produtos importados a constituírem-se como os que mais contribuíram, atingindo 1,03 p.p., ou seja, 77 por cento, enquanto que os produtos nacionais avançaram 0,30 p.p., o que corresponde a 23 por cento do valor da inflação global.

Segundo os dados do INE, os preços dos produtos nacionais a grosso subiram devido à evolução registada nos setores da Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura, que cresceram 1,62 por cento.

Os produtos que tiveram maior variação de preços neste grupo foram o tomate (6,77 por cento), abacaxi (6,56 por cento), ovos (5,62 por cento), manga (4,43 por cento) batata doce (4,13 por cento), batata rena (3,84 por cento), maçã (2,78 por cento), pimento (2,68 por cento), gado bovino (2,50 por cento) e limão (1,81).

Os preços dos produtos importados também tiveram aumentos influenciados pela variação verificada nos setores da Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura.

Os produtos que mais aumentaram de preço foram o alho (3,41 por cento), cenoura (2,63 por cento), limão (2,48 por cento), maçã (2,38 por cento), cebola (2,08 por cento), feijão castanho (1,85 por cento) e milho em grão e tomate (ambos com 1,65 por cento).

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