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Angola quer construir quase 13 mil salas do ensino primário até 2022

O Governo angolano prevê construir quase 13 mil salas de aula para o ensino primário nos próximos cinco anos, tendo como prioridade a cobertura dos “territórios mais carenciados” e estimando reduzir para metade o abandono escolar.

A pretensão consta do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, aprovado pelo Governo e publicado oficialmente a 29 de junho, contendo um conjunto de programas com a estratégia governamental para o desenvolvimento nacional na atual legislatura.

Para o ensino primário, o Governo angolano estabeleceu a meta concreta de elevar o total de salas de aula de 35.655, em 2017, para 48.406, em 2022, mas também garantir que a taxa de conclusão neste nível de escolaridade passa de 50,2 por cento para 60,2 por cento, também em cinco anos.

Dados oficiais indicam que Angola contava em 2017 com mais de 6,1 milhões de estudantes no ensino primário (1.ª à 6.ª classe), mas uma parte substancial não tem acesso à escola, por falta de vaga.

Para o efeito, o Governo definiu um programa para melhoria da qualidade e desenvolvimento do ensino primário, para aumentar a taxa de escolarização e melhorar a rede de escolas, permitindo elevar a taxa de escolarização líquida, neste nível de escolaridade, dos 74,2 por cento em 2017 para 76,6 por cento em 2022.

“Combater o insucesso escolar no ensino primário, através da melhoria das condições de aprendizagem e de ligação afetiva às escolas, assegurando a inclusão e apoio pedagógico acrescido para alunos com deficiência, espetro autista e altas habilidades”, lê-se nos objetivos do programa, que também define a meta de, em cinco anos, o país contar com “pelo menos” 1.316 escolas do ensino primário com salas de inclusão.

Além de construir e reabilitar salas de aula e de aumentar o número de professores, o programa do Governo estabelece a necessidade de capacitar intérpretes em língua gestual angolana e gestores escolares em matéria de educação inclusiva.

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