As autoridades sanitárias de Angola inauguraram hoje o seu primeiro Banco de Leite Humano, com capacidade de recolha diária de 100 litros de leite, doados por 50 mulheres, que se deslocam para o efeito à maior maternidade do país.
O projeto, que estava há vários anos em preparação, conta com o apoio do Governo do Brasil e alguns parceiros nacionais.
Em declarações à comunicação social, a coordenadora do Banco de Leite Humano, Elisa Gaspar, disse que já existe leite preparado para amamentar as crianças necessitadas, ou seja, aquelas cujas mães se veem impossibilitadas de o fazer, nomeadamente as infetadas pelo vírus do HIV/Sida.
Segundo Elisa Gaspar, por enquanto, apenas a Maternidade Lucrécia Paim dispõe de uma unidade deste tipo, mas as colheitas estendem-se por quatro outras maternidades de Luanda, capital do país.
“Temos capacidade para a recolha de 100 litros de leite diária e temos neste momento 50 doadoras inscritas e que dão todos os dias, várias vezes, leite. Temos neste momento leite suficiente para dar aos prematuros do berçário e bebés que nascem de mães seropositivas”, sublinhou.
Elisa Gaspar disse que o trabalho é assegurado por 25 técnicos especializados em banco de leite humano, fruto de trabalho voluntário há um ano.
O Banco de Leite Humano é constituído por um laboratório de controlo de qualidade, que garante a qualidade do leite e o local de recolha.
A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutucuta, disse, na sua intervenção que o Governo angolano vai alargar, de forma gradual, o projeto às restantes unidades sanitárias do país com serviços ou especializadas na assistência à mãe e à criança.
Sílvia Lutucuta apelou ao contributo de todos para o fortalecimento da iniciativa, “recordando que toda a mulher que amamenta pode ser doadora de leite humano”.
Por sua vez, o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Mandetta, lembrou que um dos Objetivos do Milénio da agenda 20/30 é a redução da mortalidade infantil e dar leite humano para as crianças que precisam traz enormes benefícios nesse sentido.
Luiz Mandetta destacou a experiência de mais de 30 anos desse programa no Brasil, hoje estruturado em todo o território nacional e adotado em mais de 30 países, o mais recente Angola.
Para o ministro brasileiro, é necessário agora “a sociedade angolana se apropriar desse banco de leite, entender a importância, as mulheres doarem”.
“O segundo passo é transferir essa tecnologia (…) para esta maternidade, vamos ajudar Angola a mandar para todas as províncias para que nós tenhamos, pelo menos, um banco de leite em cada província aqui de Angola”, disse.
O governante do Brasil frisou que o apoio brasileiro neste projeto vai desde toda a parte do sistema de colheita – “uma tecnologia barata” – à testagem do leite, fazer o congelamento e descongelamento, ou seja, a pasteurização do leite para eliminar micróbios e a análise de contaminação.
“Essa (tecnologia) que foi integralmente transferida aqui para Angola, não é uma tecnologia complexa, mas é a tecnologia que o Brasil utiliza e que um monte de países do mundo tem utilizado com sucesso”, acrescentou.
Do Brasil são parceiros do Banco de Leite Humano angolano, a Fiocruz e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
A testemunhar a inauguração do primeiro Banco de Leite Humano angolano esteve também o coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano do Brasil, João Aprígio Guerra de Almeida.
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