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Angola encaixa 16,5 milhões de euros em três meses de funcionamento de entreposto de madeira

Angola arrecadou 16,5 milhões de euros com a exportação da madeira em três meses de atividade do Entreposto de Madeira de Luanda, estrutura que passou a coordenar e fiscalizar a exploração, transporte e comercialização, foi hoje anunciado.

A informação foi avançada pelo ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social de Angola, Manuel Nunes Júnior, de visita ao Entreposto da capital, afirmando que antes do seu funcionamento, que ainda não está na sua plenitude, o país arrecadava “praticamente zero”, com essa atividade.

“E nesse período já produziu recursos importantes para o país no quadro da exportação, com a entrada em Angola de cerca de 19 milhões de dólares [16,5 milhões de euros] da exportação de madeira, que antes da existência do entreposto (…) era praticamente zero”, disse.

Em três meses, adiantou, “há já resultados financeiros para o país a par de resultados económicos que tem a ver com melhor organização da produção e comercialização e também o seu efeito na criação de empregos”.

Falando aos jornalistas no final de uma visita que efetuou ao espaço, na comuna do Cassoneca, município de Icolo e Bengo, zona leste de Luanda, o governante referiu que o entreposto de Luanda faz parte de uma lista de seis a serem construídos no país.

A par de Luanda, em fase final de construção estão também os entrepostos de produtos florestais das províncias do Bengo e Cuando-Cubango e está prevista a construção de mais três, nas províncias de Benguela, Cabinda e Moxico.

Segundo o ministro de Estado, as unidades afetas ao Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) de Angola, superintendido pelo Ministério da Agricultura e Florestas, vão cuidar da organização, produção e comercialização da madeira.

“Isto é, os produtores de madeiras nas suas regiões poderão vende-las, mas se quiserem passar da sua região para outra tem o entreposto que recebe esses produtos, dá o tratamento necessário e a partir daí faz a exportação”, apontou.

Afirmou que os entrepostos vão “contribuir enormemente” para a “organização” desta atividade, “importante para o processo da nossa diversificação” económica: “que como sabemos é o foco que estamos agora a empreender na governação do país”.

O diretor-geral do IDF, Simão Nzau, apresentou na ocasião o ponto de situação do Entreposto de Madeira de Luanda, com capacidade instalada para tratar até 300 mil metros cúbicos/ano, mas apontando “carência” de energia elétrica, água e telecomunicações.

Questionado sobre o assunto, Manuel Nunes Júnior deu conta que o entreposto de Luanda ainda não foi inaugurado e que as carências mencionadas deverão ser ultrapassadas “em breve”.

“E daqui a mais alguns meses ele estará em condições de ser inaugurado”, assegurou.

A construção de um ramal de acesso à linha férrea nos entrepostos de Luanda, Bengo, Cuando-Cubango, Moxico, Benguela e Cabinda foi também considerada pelo IDF como uma necessidade para o escoamento dos produtos florestais.

O ministro dos Transportes angolano, Ricardo d’Abreu, considerou que “faz todo o sentido” aumentar a capacidade de transporte do caminho-de-ferro e “com isso aumentar também a própria receita e produtividade”.

“Pensamos que isso vai ajudar também o caminho-de-ferro, iremos analisar com nossos especialistas para poderem fazer uma avaliação da construção do ramal que está dentro do entreposto e com isso facilitar todo o trabalho logístico que aqui se realiza”, realçou.

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