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André Ventura quer “redução drástica da presença islâmica na União Europeia”

A polémica suscita por André Ventura com as pessoas de etnia cigana tem paralelo, no que a minorias diz respeito. Há cerca de um ano, o candidato a Loures defendeu uma “redução drástica da presença islâmica na União Europeia”.

André Ventura tem sido acusado de xenofobia, por entender que os ciganos se transformaram em “minorias de privilégio” e que o Estado não consegue impor a lei por “medo da reação”.

“A etnia cigana, quer em Loures quer no resto do país, tem de interiorizar o manual do Estado de direito. E o Estado de direito não pode ter medo deles, independentemente das consequências”, disse, numa entrevista recente ao jornal i.

O candidato à Câmara de Loures dá diversos exemplos de ilegalidades que se fazem acompanhar de impunidade.

“Eu tenho imensos relatos em Loures de situações em que são ocupados imóveis ilegalmente e a câmara nada faz para os tirar de lá. Porquê? Porque seria racismo e xenofobia. Mas não é racismo, é fazer cumprir a lei”, salientou.

Essas palavras geraram queixas, reações e até mesmo a retirada do apoio político do CDS, que já não apoia André Ventura nas Autárquicas de outubro.

Porém, esta visão sobre as minorias não é um dado novo. Aquando dos atentados em Nice, em que um camião atropelou uma multidão, o social-democrata fez valer um ponto de vista polémico, defendendo “uma redução drástica da presença islâmica na União Europeia”.

“Pode ser polémico e politicamente incorreto mas não vou deixar de o dizer: é fundamental reduzir drasticamente a presença e a dimensão das comunidades islâmicas dentro da União Europeia. Não é só uma questão de segurança, mas de sobrevivência da nossa democracia”, defendeu, num artigo e opinião publicado no Correio da Manhã.

No Facebook, na mesma altura, André Ventura escreveu:

“Não sou nem nunca fui racista ou xenófobo. Nunca pertenci ou espero pertencer a um grupo que tal defenda ou advogue. Mas este tipo de terrorismo que vimos em Orlando ou em Nice obriga-nos a um olhar diferente sobre as comunidades islâmicas na Europa. Poderemos fazer qualquer prevenção que seja quando estas comunidades são, em alguns países, de milhões de habitantes ou, em algumas cidades, 25 por cento da população? Creio que não… E por isso mesmo não vejo outra solução que não seja a redução drástica da presença islâmica na União Europeia”.

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