Nas Notícias

André Ventura: “Não defendi a pena de morte em Portugal. É para outras democracias”

O aquecer da pré-campanha levou André Ventura a corrigir-se, depois da polémica entrevista em que defendeu a reintrodução da pena de morte em Portugal. O candidato do PSD a Loures culpa a oposição e “os opinion makers” pela deturpação da mensagem, pois na verdade defende a pena de morte… em “algumas democracias”.

Foi numa entrevista à TVI24 que André Ventura admitiu que a pena de morte poderia ser aplicada “em último caso” em Portugal, o primeiro país a abolir a sentença capital. Mas agora o candidato do PSD à Câmara de Loures diz ter sido mal interpretado.

“Ao contrário do que quiseram transmitir os meus opositores políticos e muitos dos opinion makers da nossa praça – os habituais claro!!! – não defendi a reintrodução da pena de morte em Portugal”, escreveu André Ventura, no Facebook: “Disse, a título pessoal, que não me choca que algumas democracias o façam a terroristas sanguinários ou a pedófilos que violam e matam crianças e ainda fazem vídeos com os macabros atos”.

Uma posição divulgada após ter dito, na CMTV, que era “ridícula” essa acusação de que defendia a reintrodução da pena de morte em Portugal.

“Não o defendo nem desejo para Portugal”, frisou: “Outra coisa é se me choca que um terrorista que põe fim à vida de 30 ou 40 pessoas seja executado, ou um pedófilo que viola e assassina várias crianças? Não choca! Absolutamente nada. Se me quiserem julgar por isso, julguem”.

Certo é que o mesmo André Ventura já tinha escrito, num artigo de opinião publicado no Correio da Manhã, que a justiça devia ter “legitimidade” para aplicar a pena de morte: “Se os nossos militares têm legitimidade para matar o maior número de terroristas possível nas suas bases no Médio Oriente, porque não o podem fazer os tribunais, quando os inimigos vivem dentro das nossas fronteiras?”

Em destaque

Subir