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André Ventura fugiu aos ciganos, mas acabou insultado na Quinta da Fonte

Uma ação de campanha de André Ventura no bairro da Quinta da Fonte, onde reside uma comunidade de pessoas de etnia cigana, ficou marcada por insultos proferidos contra o candidato do PSD à Câmara Municipal de Loures. “És racista”, gritaram, ao longe. Ventura não se aproximou…

Dois meses depois de ter proferido as declarações que lhe conferiram mediatismo – “A etnia cigana tem de interiorizar o Estado de Direito, porque, para eles, as regras não são para lhes serem aplicadas”, disse, em julho, numa entrevista ao i – André aventurou-se num bairro onde residem pessoas daquela etnia.

“Aventurou-se” será exagero, já que o candidato social-democrata, apesar do dispositivo policial que acompanhou a ação, preferiu ficar à distância. Distância insuficiente para calar alguns gritos provenientes das janelas. “És um racista”, disse uma moradora.

André Ventura respondeu, negando ser racista. Mas a reação foi insistente. “És racista, sim senhor”, continuou a mulher, exaltada com a presença do social-democrata.

A distância relativamente aos ciganos foi “ponderada”, para evitar conflitos, segundo o próprio explicou aos jornalistas presentes naquela visita à Quinta da Fonte.

“Nunca generalizei. Disse que havia um problema de subsidio-dependência, na maioria dos casos. Nem eu nem a maioria dos portugueses compreendemos que haja BMW e Audi à porta de pessoas a receber subsídios”, insistiu.

Depois da visita, André Ventura prometeu regressar ao bairro, dentro de dois anos, convicto de que será o presidente da Câmara em exercício. Está convencido também de que todos os moradores, de todas as etnias, estarão do seu lado e não gritarão insultos das janelas.

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