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André Ventura critica a “banalização da linguagem do assédio”

Os ecos sociais de uma opinião que envolve crianças, beijos e avós não chocam André Ventura. O autarca e criador do partido Chega lamenta a “banalização da linguagem do assédio”. “Vai chegar o dia em que nem sequer poderemos olhar nos olhos de uma mulher bonita porque é violência comportamental”, defende, em declarações ao PT Jornal.

“Casos como este do ‘professor poliamor’ contribuem para esta fundamentalização moral da sociedade. Querem transformar isto numa espécie de Arábia Saudita, mas de natureza marxista e libertária. Vergonhoso!”, enquadra André Ventura, num comentário à opinião de Daniel Cardoso, um professor universitário que vislumbra violência no ato de obrigar uma criança a dar um beijo aos avós.

A discussão pública que se gerou em torno desta opinião não é, porém, o que mais choca o autarca e fundador do partido Chega.

“O que choca neste caso nem sequer é o exemplo do beijinho da criança ao avô ou à avó. É a comparação disto com situações radicalmente diferentes, como o controlo dos telemóveis pelos namorados ou namoradas”, sustenta.

Para o autarca, estamos perante “a banalização da linguagem do assédio e da violência que tem vindo a tomar conta do espaço público”.

“Qualquer dia vai ser assédio sexual colocar a mão no ombro de uma colega e dizer: então o teu Sporting ontem perdeu?”, realça, ao PT Jornal.

“Qualquer dia também não se pode chegar a casa à noite, cansado, e dizer: ‘estou com uma vontade de ter relações sexuais’!”

Este tipo de comportamentos “vai ser entendido como uma forma indevida de coação sobre a companheira, ou sobre o companheiro, que tem de decidir de forma absolutamente livre se, naquela noite, tem ou não sexo com quem partilha casa”.

“Sim, esse tempo ainda vai chegar: aquele em que nem se quer poderemos olhar nos olhos de uma mulher bonita porque é violência comportamental e, eventualmente, também voltará a proibição de ajuntamento de muitos homens no espaço público a ver futebol e a beber cerveja, pois pode incentivar a comportamentos másculos desregulados”, conclui.

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