O Fundo Monetário Internacional, enquanto membro da troika, contribuiu para que Portugal passasse na sexta avaliação ao programa de assistência económica e financeira. Em comunicado, a instituição fez questão de explicar que não é um ‘cheque em branco’ deixando as seguintes recomendações: “para lá do curto prazo, manter e ancorar a disciplina orçamental e a desalavancagem do setor privado irão permanecer imperativos, mas também lançarão os ventos do crescimento”.
Na nota, onde resume as conclusões da sexta avaliação, o FMI elogia o Governo pelo controlo orçamental, pelo reequilíbrio financeiro do setor privado e pelas reformas estruturais, mas reconhece que o agravamento da recessão e o aumento do desemprego, como apontam todas as previsões para 2013, não devem desviar o país do rumo traçado: menos endividamento, mais austeridade orçamental.
Admitindo que “as perspetivas de curto prazo são incertas” e que “permanecem desafios significativos no médio prazo”, sendo o agravamento da recessão e o aumento do desemprego “prováveis”, “o ajustamento orçamental precisa de continuar”, sobretudo nos “setores de bens transacionáveis mais competitivos”, pois reduzir as “margens dos setores não transacionáveis requer reformas estruturais politicamente difíceis”.
“Estes desafios vão continuar a testar o notavelmente resistente consenso social e político em Portugal”, salienta o comunicado do FMI.
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