“Na nossa área de competência, grossista, temos tomado as medidas”, garantem os responsáveis da Anacom, citados sem identificação pela Lusa. A entidade sustentou que “a nível grossista as descidas existem”, como aconteceu com “as descidas das tarifas de terminação fixas e móveis”, mas a mesma fonte alegou que o regulador não tem competência para atuar no mercado de retalho.
Segundo o mesmo responsável, a Anacom tudo tem feito para criar as “condições para que os preços de retalho desçam”, não cabendo ao regulador impor os preços a praticar junto dos consumidores.
As explicações surgem depois de Abebe Selassie, ontem, ter revelado que a troika está desapontada por os preços da eletricidade e das telecomunicações não terem descido, assegurando maior justiça na distribuição da austeridade. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, salientou a Lusa, optou por não comentar.
“Penso que o principal objetivo para os preços da eletricidade, das telecomunicações e de outros setores não transacionáveis é se estão em linha ou começam a cair à medida que a concorrência aumenta ou a procura diminui. Até agora não o estamos a ver e isso é muito desapontante. Se não responderem às condições económicas penso que definitivamente teremos de olhar para o que o se passa e revisitar as reformas”, afirmou, ontem, o chefe de missão da troika.