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Ana Quintans protagoniza “Alceste” de Gluck, que se estreia hoje em S. Carlos

A ópera “Alceste”, de Gluck, sob a direção musical de Graeme Jenkins, protagonizada pela soprano Ana Quintans, numa encenação de Graham Vick, tem hoje a primeira récita, no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), em Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, Ana Quintans disse que o encenador “é muito sério no trabalho que faz a nível do texto e também quanto à parte musical”, acrescentando que “uma das razões” que a levou aceitar o papel foi o facto de trabalhar com Graham Vick.

Ana Quintans trabalhou com o encenador inglês em 2017, no Festival de Glyndebourne, em Inglaterra, desempenhando um papel de menor dimensão que o de “Alceste”, na ópera “Hipermestra”, de Francesco Cavalli.

A soprano sublinhou o “trabalho complexo” que o encenador desenvolve, dedicando a primeira semana de ensaios ao estudo do texto “e a procurar todos os sentidos, todas as camadas, todas as formas de frasear, de modo a ser-se o mais fiel ao texto, e descobrir todas as motivações e emoções” do drama, e só depois é feito “um trabalho de cena propriamente dito”.

Sobre a sua personagem, Ana Quintans disse à Lusa que “é um papel grande e cansativo, onde temos de encontrar em nós mesmos todas estas cores e ‘nuances’ e com ele [Graham Vick] é tudo das entranhas”.

A soprano afirmou que é um trabalho “intensivo”, mas reconheceu que é assim que gosta de trabalhar.

“Alceste” foi apresentada por Christoph Willibald Gluck como uma proposta reformadora da ópera séria, no século XVIII, defendendo “uma linha muito depurada, sem artifícios, em que se vá direto à emoção, e a emoção vinda do texto”, explicou Quintans.

Do elenco, além de Ana Quintans, fazem parte o tenor Leonardo Cortellazzi, o barítono Alexander Duhamel, que se desdobra em dois papéis, o de Hércules e o do Sumo Sacerdote, os tenores Fernando Guimarães e João Fernandes, este, interpretando duas personagens, Arauto e Apolo, e o barítono Christian Luján, que se desdobra também em dois papéis, Oráculo e um deus dos infernos.

A ópera conta ainda com a participação de Raquel Alão, Ana Ferro, João Cipriano e Nuno Dias, que constituem o Coro dos Corifeus, além do Coro do TNSC e da Orquestra Sinfónica Portuguesa.

Esta ópera, em três atos, subiu à cena pela primeira vez em Viena, em 1767, e foi apresentada pela última vez em S. Carlos há 60 anos.

A nova produção de “Alceste” vai estar em cartaz no S. Carlos desde hoje, até ao próximo dia 27.

Lusa

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Lusa
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