AMP no limiar na maioria absoluta nas eleições de Timor-Leste
A Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) lidera a contagem dos votos nas legislativas antecipadas de sábado em Timor-Leste, estando em dúvida se conseguirá maioria absoluta ou se necessitará de apoio para formar Governo.
Quando estão contados quase 90 por cento dos votos, e segundo dados oficiais provisórios do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), a AMP obteve 253.462 votos ou 48,51 por cento do total, à frente da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) que obteve 182.935 votos ou 35,01 por cento do total.
Segundo os dados a terceira força política é o Partido Democrático (PD), com 41.749 votos e 7,99 por cento, e a Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD), com 29.821 votos ou 5,71 por cento.
Apenas estes partidos estão, para já, acima da barreira de 4 por cento dos votos, necessária para conseguir eleger deputados.
Se estes resultados se mantiverem, a AMP alcançaria os 33 lugares, com maioria absoluta no Parlamento Nacional de 65 lugares e a possibilidade de governar sozinha sem necessitar de alianças.
Ao longo da contagem, a divisão de votos entre as quatro forças tem flutuado e a determinação da distribuição dos mandatos, segundo o método Hondt, pode ser definida por poucos votos.
Durante grande parte da madrugada de hoje, por exemplo, essa distribuição apontava a que a AMP pudesse vir a conseguir apenas 32 mandatos, o que obrigaria a alianças para governar.
A nível nacional falta ainda concluir a contagem em Bobonaro, Covalima, Dili, Ermera e Manatuto – municípios onde a AMP lidera – e em Lautem, onde lidera a Fretilin.
Díli, em particular, é tradicionalmente o município onde a contagem é mais demorada, estando atualmente apenas cerca de 60 por cento concluída.
Se o cenário se repetir, a determinação final da distribuição de lugares pode conhecer-se apenas na madrugada de segunda-feira, hora local.