O regime sírio, apoiado pela Rússia, conduz um “assalto deliberado e sistemático” contra hospitais e estruturas médicas do noroeste da Síria, denunciou hoje a Amnistia Internacional, que exortou a ONU a pôr termo a estes “crimes contra a humanidade”.
O Conselho de Segurança da ONU reúne-se hoje para abordar a degradação da situação na província de Idleb, no noroeste sírio, onde o poder de Bashar al-Assad e a aviação russa efetuaram intensos bombardeamentos nas últimas semanas.
Os ataques concentraram-se em particular no sul de Idleb e no norte da região vizinha de Hama, territórios controlados pelo Hayat Tahrir al-Cham (HTS, o ex-ramo sírio da Al-Qaida), e outros grupos ‘jihadistas’.
“O Conselho de Segurança deve examinar os crimes contra a humanidade em Idleb”, assinala a Amnistia Internacional (AI) em comunicado, denunciando “um assalto deliberado e sistemático contra os hospitais e as instalações médicas” e apelando a “exercer pressão sobre a Rússia”.
Segundo a ONU, cerca de 18 estabelecimentos médicos ficaram inoperacionais desde abril.
“Bombardear os hospitais é um crime de guerra”, regista a Amnistia Internacional.
“Integra-se numa prática bem estabelecida dirigida a instalações médicas para atacar sistematicamente a população civil”, sublinha Lynn Maalouf, diretora de pesquisa sobre o Médio Oriente da Amnistia.
“Exortamos os membros do Conselho de Segurança que se reúne hoje a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para terminar com o assalto contra os civis em Idleb, e pedir contas aos responsáveis destes terríveis crimes”, frisa o comunicado.
Os ataques contra os hospitais decorreram à revelia de um mecanismo especial estabelecido pela ONU para tentar proteger os centros médicos, fornecendo aos beligerantes os dados de localização desses edifícios.
“O pessoal de quatro hospitais em Idleb e em Hama indicaram à Amnistia Internacional que foram tomados por alvos quando os dados de localização foram partilhados com os governos sírio e russo”, denuncia o comunicado.
A AI recolheu o testemunho de diversos profissionais de saúde, incluindo uma enfermeira de um hospital em Kafranbel.
“Transferimos os feridos para o subsolo. Registou-se um segundo ‘raide’ que cortou a eletricidade, quando tentávamos estancar as hemorragias”, referiu a enfermeira, citada no comunicado. “De seguida, um terceiro e quatro ‘raides'”, prosseguiu.
O conflito na Síria, iniciado em 2011, já provocou mais de 370.000 mortos, milhões de refugiados e deslocados, e fragmentou o país.
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