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“Amigo” Juncker promete que alívio do empréstimo à Grécia será repetido para Portugal

A crise grega parece estar mais perto do fim, depois do Eurogrupo ter chegado a acordo para aliviar o programa de resgate. “Amigo” de Portugal, Jean-Claude Juncker garante que serão aplicadas “as mesmas regras aos outros países” resgatados: o nosso e a Irlanda.

O Eurogrupo chegou finalmente a acordo para salvar o programa de assistência económica e financeira à Grécia, com a solução, encontrada já de madrugada, a basear-se no alívio das condições exigidas. Se o Governo helénico for cumprindo todos os passos exigidos pelos membros da moeda única, as taxas de juro irão baixar e o prazo dos empréstimos será alargado.

Do encontro resultou também um alívio das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Grécia, permitindo que o rácio de dívida pública ascenda até aos 124 por cento (mais quatro por cento) até 2020, com a contrapartida de ser “substancialmente inferior a 110 por cento do PIB” em 2022.

Se a resgatada Grécia tem direito a ser auxiliada pelos parceiros europeus, torna-se justo que as outras economias resgatadas – a portuguesa e a irlandesa – venham a beneficiar dos mesmos apoios. Essa garantia foi deixada pelo próprio presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, à saída do encontro.

“Tomámos a decisão há meses, ou mesmo há mais de um ano, que temos que aplicar as mesmas regras aos outros países sob programa e iremos abordar isso na próxima reunião. Se há alguém nesta sala que é amigo de Portugal e da Irlanda, que fazem parte dos meus países preferidos na Europa, por razões sentimentais e pessoais, sou eu. Portanto, o assunto será tratado de forma a que nem Portugal nem Irlanda fiquem insatisfeitos”, asseverou.

Analisando as medidas de alívio concedidas aos gregos, Portugal irá beneficiar do alargamento dos prazos para pagar os empréstimos e do alívio nas taxas de juro, que no caso helénico consistiu numa redução em dez pontos base.

Os ministros das Finanças da Zona Euro decidiram ainda que, dado estarem a beneficiar de um programa de resgate, nem Portugal nem Irlanda terão de contribuir para o alívio dos empréstimos à Grécia, isto enquanto estiverem sob auxílio externo.

O acordo alcançado na madrugada vai permitir desbloquear uma parcela do empréstimo aos gregos no valor de 43.700 milhões de euros, cuja transferência deve ser realizada a 13 de dezembro, na véspera da Grécia ter de pagar 34.400 milhões de euros aos credores.

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